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Ministra francesa considera triste atitude de Depardieu

A ministra ressaltou que o ator "é uma grande personalidade que marcou a história do cinema francês", mas também caracterizada por "seus excessos"


	Gérard Depardieu: o ator transferiu sua residência fiscal para um pequeno povoado belga para evitar os impostos de seu país de origem
 (©AFP/Archives / Johannes Eisele)

Gérard Depardieu: o ator transferiu sua residência fiscal para um pequeno povoado belga para evitar os impostos de seu país de origem (©AFP/Archives / Johannes Eisele)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 12h58.

Paris - A ministra de Cultura francesa, Aurélie Filippetti, considerou hoje "triste" a atitude do ator Gérard Depardieu, que quer renunciar à nacionalidade francesa por causa de uma polêmica sobre o aumento dos impostos e a quem lhe foi concedida a russa.

"Os grandes artistas não são sempre exemplares em seu comportamento, mas é preciso julgá-lo por suas obras", declarou Aurélie, em entrevista à emissora de rádio "Europe 1", em referência ao caso de Depardieu, do que em qualquer caso ressaltou que "é uma grande personalidade que marcou a história do cinema francês", mas também caracterizada por "seus excessos".

Ela reiterou que o ator faz parte do "patrimônio cinematográfico" francês, embora sobre sua aparição junto ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que lhe concedeu a nacionalidade russa, e sua vestimenta com um traje tradicional da região russa da Mordóvia, assinalou: "As imagens falam por si mesmas".

"Essas imagens são tristes", disse a titular francesa de Cultura, que perante a hipótese de que a Mordóvia nomeie Depardieu ministro da Cultura, respondeu que "todo mundo está farto desta novela (...), os franceses estão fartos, querem que se fale de seus problemas".

A origem da polêmica é a política fiscal do Governo francês de esquerda de aumentar a pressão fiscal sobre os cidadãos que ganham mais de um milhão de euros por ano, para aplicar uma taxa de até 75%.

O ator transferiu no final de ano sua residência fiscal para um pequeno povoado belga perto da fronteira francesa para evitar os impostos de seu país de origem. 

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