Agência de notícias
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 08h34.
O ministro da Defesa da China, Dong Jun, denunciou nesta quinta-feira, 18, o que chamou de "lógica hegemônica e atos de intimidação" durante discurso em uma reunião de cúpula em Pequim, no qual fez diversas referências veladas aos Estados Unidos.
Quase 1.800 representantes de 100 países, entre líderes políticos, militares e acadêmicos, participam do Fórum Xiangshan, segundo os organizadores.
Na cerimônia de abertura, Dong alertou sobre as "novas ameaças e desafios" que afetam a paz global.
"Embora os temas da atualidade — paz e desenvolvimento — permaneçam inalterados, as nuvens da mentalidade da Guerra Fria, da hegemonia e do protecionismo não se dissiparam", afirmou.
"A memória histórica deve servir como advertência constante para reconhecer e se opor à lógica hegemônica e aos atos de intimidação disfarçados em uma nova forma", acrescentou.
As declarações foram interpretadas como uma crítica indireta aos Estados Unidos, principal rival da China nos últimos anos em disputas econômicas e geopolíticas.
O fórum ocorre em meio à expectativa de uma possível reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente americano, Donald Trump.
Nesta semana, Dong participou de uma videoconferência com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, que abordou temas sensíveis como o Mar do Sul da China e Taiwan.
Segundo o Pentágono, as conversas foram "francas e construtivas", e ambos concordaram em prosseguir com os debates.