Mundo

Ministro do México aumenta pressão para acordo rápido do Nafta

Ildefonso Guajardo afirmando que seu país e o Canadá devem se preparar para continuar com uma versão sem os Estados Unidos

México: ministro salientou que o país quer manter o Nafta como um acordo entre três partes (Paulo Whitaker/Reuters)

México: ministro salientou que o país quer manter o Nafta como um acordo entre três partes (Paulo Whitaker/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de março de 2018 às 16h20.

São Paulo - O ministro da Economia do México, Ildefonso Guajardo, pediu a autoridades nesta quinta-feira que busquem uma renegociação rápida do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), afirmando que seu país e o Canadá devem se preparar para continuar com uma versão sem os Estados Unidos.

Guajardo afirmou que se nenhum acordo para reformular o Nafta for alcançado até 30 de abril, o novo aspecto político da região provocará dúvidas sobre como os novos parlamentares verão o Nafta no México e nos EUA.

"Toda a natureza do acordo vai mudar", disse Guajardo no Fórum Econômico Mundial para a América Latina, em São Paulo. "Ou temos isso finalizado até o final de abril ou então não importa: pode ir até o fim do ano."

Guajardo havia anteriormente identificado uma janela de negociação que iria até julho, embora suas declarações tenham sido feitas poucos dias depois de o representante de Comércio dos EUA, Robert Lightizer, ter jogado a ideia de alcançar um acordo "em princípio" nas próximas semanas.

A sessão regular do Congresso no México termina em 30 de abril, e o país vai eleger um novo presidente em julho, que assumirá o cargo no início de dezembro. Os EUA terão eleições do Congresso em novembro.

Guajardo salientou que o México quer manter o Nafta como um acordo entre três partes, mas reiterou que tanto seu país quanto o Canadá precisam estar preparados para a possibilidade da saída dos EUA.

"É preciso estar pronto para ter um Nafta sem os EUA", disse ele. "O Nafta corre o risco de acabar? Não. O Nafta continuará entre o Canadá e o México porque no fim das contas, o importante é enviar a mensagem de que se acredita no livre comércio. Os EUA é que vão decidir se estão dentro ou fora."

 

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)CanadáMéxicoNafta

Mais de Mundo

Polônia pede sessão urgente do Conselho de Segurança após violação de espaço aéreo

NASA proíbe chineses com visto dos EUA de trabalhar em programas espaciais

Em meio a derrota política, Milei comemora inflação abaixo do esperado na Argentina em agosto: 1,9%

Exército do Nepal pede a turistas que busquem assistência durante toque de recolher