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Ministros europeus pedem 'cessar-fogo' na Ucrânia e que 'Putin leve a paz a sério'

Os ministros das Relações Exteriores de vários países europeus se reúnem em Londres nesta segunda-feira para "discussões críticas" sobre a Ucrânia

Esta reunião de representantes de vários países europeus ocorre no momento em que a Ucrânia acusa a Rússia de lançar mais de 100 drones na madrugada de domingo para segunda-feira (AFP/AFP)

Esta reunião de representantes de vários países europeus ocorre no momento em que a Ucrânia acusa a Rússia de lançar mais de 100 drones na madrugada de domingo para segunda-feira (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 12 de maio de 2025 às 10h41.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), a estoniana Kaja Kallas, disse nesta segunda-feira, 12, em Londres, antes de uma reunião de ministros europeus, que "deve haver um cessar-fogo" antes que as negociações entre Ucrânia e Rússia possam ser agendadas.

"Se não houver cessar-fogo, não pode haver negociações. São necessários dois para querer a paz e apenas um para querer a guerra. Vemos que a Rússia claramente quer a guerra", observou Kallas.

Os ministros das Relações Exteriores de vários países europeus se reúnem em Londres nesta segunda-feira para "discussões críticas" sobre a Ucrânia, dois dias após os aliados de Kiev terem emitido um ultimato à Rússia para aceitar um cessar-fogo.

"É hora de (o presidente russo) Vladimir Putin levar a sério a paz na Europa, levar a sério o cessar-fogo e levar a sério as negociações", disse o chanceler britânico, David Lammy.

Junto com Lammy e Kallas, representantes de França, Alemanha, Itália, Polônia e Espanha estão presentes na Lancaster House.

O ministro francês de Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, também enfatizou nesta segunda-feira que uma "trégua incondicional" deve ser imposta como condição para agendar negociações.

"O tempo se esgota", afirmou em Berlim o porta-voz do novo chanceler Friedrich Merz, ao alertar que se Moscou não aceitar este cessar-fogo até terça-feira, os europeus continuarão com os "preparativos" para novas sanções contra a Rússia.

Acusações da Ucrânia

Esta reunião de representantes de vários países europeus ocorre no momento em que a Ucrânia acusa a Rússia de lançar mais de 100 drones na madrugada de domingo para segunda-feira.

"Deve haver um cessar-fogo incondicional que permita negociações de paz, que é o que queremos, em última análise, para pôr fim a esta guerra", disse o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, ao deixar a reunião.

"Realizamos uma reunião que demonstrou mais uma vez a unidade e a coerência por parte dos europeus em relação à paz na Ucrânia que todos desejamos, mas também a firmeza e a determinação de continuar apoiando a Ucrânia enquanto for necessário e em relação ao significado que damos à palavra paz", acrescentou.

Albares falou de uma "semana crucial para ver quem quer paz e quem quer guerra, quem realmente sente a vontade de negociar a paz sem condições, simplesmente buscando acabar com a guerra, e quem está se envolvendo em táticas de protelação e jogos para atrasar essas negociações".

A Ucrânia e seus aliados europeus, juntamente com os Estados Unidos, enviaram um ultimato a Moscou para aceitar um cessar-fogo "total e incondicional" de 30 dias a partir desta segunda-feira, caso contrário, a Rússia estaria exposta a novas "sanções massivas".

No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que Ucrânia e Rússia se reunissem "imediatamente", sem esperar por um cessar-fogo.

Sem responder diretamente ao ultimato dos aliados da Ucrânia, Putin disse que estava pronto "para negociações sem nenhuma condição prévia" e propôs iniciá-las na quinta-feira em Istambul.

Seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, convidou Putin no domingo para um encontro "pessoal" na quinta-feira em Istambul, mas até agora não recebeu nenhuma resposta do Kremlin.

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