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Monitoramento deve ter limites adequados, diz Merkel a Obama

Chanceler alemã disse ao presidente americano que o monitoramento governamental das comunicações via Internet precisa ser realizada dentro dos limites adequados

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no final de uma conferência em Berlim (Kevin Lamarque/Reuters)

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no final de uma conferência em Berlim (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h09.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta quarta-feira, que o monitoramento governamental das comunicações via Internet precisa ser realizada dentro dos limites adequados.

"Deixei claro que, apesar de enxergarmos a necessidade de coleta de informações, o tópico da proporcionalidade é sempre um tema importante e a ordem democrática livre é baseada no sentimento de segurança das pessoas", disse Merkel em uma coletiva de imprensa conjunta com Obama.

"É por isso que a questão do equilíbrio e da proporcionalidade é algo que vamos continuar a discutir, e sobre as quais nós concordamos com um maior intercâmbio de informações entre o Ministério do Interior alemão e as autoridades competentes nos Estados Unidos." Na mesma entrevista, Obama disse que os Estados Unidos atingiram o equilíbrio entre a necessidade de reunir informações de segurança e a proteção às liberdades civis.

"Eu assumi o governo empenhado em proteger o povo americano, mas também comprometido com nossos valores e nossos ideais, e um dos nossos ideais mais altos ideais é a liberdade civil e a privacidade", disse Obama.

"Estou confiante que, neste ponto, atingimos o equilíbrio apropriado".

Os Estados Unidos estão sob duras críticas por sua política de vigilância secreta desde que um ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional revelou a dois jornais que o governo norte-americano monitorava a atividade telefônica e via Internet de milhões de pessoas.

O autor da denúncia, Edward Snowden, se refugiou em Hong Kong, território chinês semiautônomo, onde pode ser alvo de um processo de extradição para os EUA.

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