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Moody's desacredita em crise fiscal no Japão, apesar do terremoto

Gastos com reconstrução demonstrarão ser um estímulo fiscal justificável e muito efetivo, e compensarão as perdas derivadas da falta de produção e de demanda

Governos central e regionais do Japão paralizarão qualquer progresso em reduzir o amplo déficit fiscal derivado da crise financeira internacional (Kantei)

Governos central e regionais do Japão paralizarão qualquer progresso em reduzir o amplo déficit fiscal derivado da crise financeira internacional (Kantei)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 08h14.

Londres - A agência de classificação de risco Moody's informou nesta segunda-feira que os efeitos do terremoto da última sexta-feira no Japão não causarão uma crise fiscal iminente no país, e considerou que o mercado de dívida do Governo poderá financiar o déficit governamental.

Em comunicado, a agência assinala, no entanto, que é possível chegar a um ponto de inflexão em algum momento caso o mercado perca confiança na solvência das finanças japonesas e exija uma taxa de risco sobre os bônus do Governo.

"Vemos que a economia japonesa tem a capacidade de lidar com o impacto com o tempo. Em geral, as economias grandes e ricas demonstraram a capacidade de lidar com desastres naturais", aponta o vice-presidente da Moody's, Thomas Byrne.

"A estabilidade da economia nas próximas semanas será facilitada pelo Banco (central) do Japão, que prometeu apoiar solicitações excepcionais no setor financeiro", acrescenta Byrne.

Além disso, os gastos com reconstrução demonstrarão ser um estímulo fiscal justificável e muito efetivo, e compensarão as perdas derivadas da falta de produção e de demanda, indica a nota.

No entanto, a Moody's alerta que o custo fiscal que o terremoto terá aos Governos central e regionais do Japão pode paralisar qualquer progresso em reduzir o amplo déficit fiscal derivado da crise financeira internacional.

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