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Morales espera decisão favorável em Haia sobre saída ao mar

Motivado por decisão favorável ao Peru em demanda contra Chile, anunciada nesta segunda pela Corte, Morales manifestou-se esperançoso de “resultado semelhante”


	Evo Morales, presidente da Bolívia: Morales explicou que a controvérsia no caso boliviano é substancialmente diferente da situação peruana
 (Gaston Brito/Reuters)

Evo Morales, presidente da Bolívia: Morales explicou que a controvérsia no caso boliviano é substancialmente diferente da situação peruana (Gaston Brito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 19h42.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje (28) que também espera uma decisão da Corte Internacional de Justiça, que tem sede em Haia, na Holanda, sobre a demanda apresentada contra o Chile para que seu país recupere sua saída para o Oceano Pacífico.

Motivado por decisão favorável ao Peru em demanda contra o Chile, anunciada nesta segunda-feira (27) pela Corte, Morales manifestou-se esperançoso de um “resultado semelhante”.

A Bolívia apresentou a demanda em abril do ano passado, solicitando que a Corte Internacional de Justiça determine que o Chile negocie a reintegração de uma saída boliviana para o Oceano Pacífico.

As relações diplomáticas entre os dois países foram suspensas em 1978, mas a Bolívia havia perdido sua saída para o mar quase um século antes, em 1879, após combater o Chile ao lado do Peru.

“Vamos continuar nosso processo contra o Chile, com seriedade e responsabilidade jurídica”, afirmou Morales, embora tenha admitido que o impasse do mar é um problema central na prolongada situação de distanciamento entre La Paz e Santiago.

Morales explicou que a controvérsia no caso boliviano é substancialmente diferente da situação peruana. “Recorremos ao tribunal para resolver um problema de reclusão [isolamento]”, explicou.

A Bolívia perdeu para o Chile, 400 quilômetros (km) de costa e 120 mil quilômetros quadrados de superfície, após a guerra do Pacífico (1879-1883)

Conversações sobre a contenda chegaram a ser estabelecidos em 2006, entre os governos de Evo Morales e da ex-presidenta Michelle Bachelet, mas os diálogos foram interrompidos após a eleição de Sebastián Piñera.

Morales já declarou que espera retomar o diálogo com Bachelet, que foi eleita presidenta e assume novamente o cargo.

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