Mundo

Morreram mais de 600 rinocerontes na África do Sul neste ano

O DMA indicou que o número deste ano supera amplamente o de anos anteriores, com 448 rinocerontes assassinados em 2011, e 333 em 2010


	Rinocerontes brancos em Limpopo: especialistas sul-africanos calculam que no país africano restam em torno de 20 mil rinocerontes
 (©AFP/Arquivo / Alexander Joe)

Rinocerontes brancos em Limpopo: especialistas sul-africanos calculam que no país africano restam em torno de 20 mil rinocerontes (©AFP/Arquivo / Alexander Joe)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 14h05.

Nairóbi - A caça ilegal acabou com a vida de 633 rinocerontes na África do Sul neste ano, uma média próxima a duas mortes da espécie por dia, informou nesta quarta-feira o Departamento do Meio Ambiente ( DMA ) do Governo sul-africano.

Em comunicado publicado nesta quarta em seu site, o DMA indicou que o número deste ano supera amplamente o de anos anteriores, com 448 rinocerontes assassinados em 2011, e 333 em 2010.

Segundo as estatísticas do Ministério do Meio Ambiente da África do Sul, a reserva mais afetada foi o Parque Nacional Kruger (no nordeste do país), que desde 1º de janeiro perdeu 395 rinocerontes, mais de que um por dia.

Quanto à luta contra a caça ilegal, o Governo sul-africano informou que, até o momento, foram realizadas 266 detenções (237 caçadores e o resto comerciantes ou compradores).

Em 9 de novembro, um tribunal sul-africano condenou um cidadão tailandês a 40 anos de prisão por seu destacado papel em uma máfia asiática de tráfico e comércio ilegal de chifres de rinoceronte.

A máfia do condenado, conhecida como 'Xaysavang', aproveitava para fazer negócios na África do Sul porque é o único país - junto com a Suazilândia - no qual é permitida a caça destes animais como esporte, embora o chifre possa ser exportado apenas como troféu, mas não sem fins lucrativos.

Assim, obtinham licenças de caça em nome de outras pessoas para abater o animal e traficar suas partes.

A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) proíbe o comércio de chifres de rinoceronte, uma espécie protegida na África do Sul.

Estes animais correm grave perigo de extinção por conta da caça para a obtenção de Marfim, que alguns atribuem propriedades medicinais e afrodisíacas, especialmente na Ásia, destino de muitos destas cargas ilegais.

Especialistas sul-africanos calculam que no país africano restam em torno de 20 mil rinocerontes. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulAnimaisAnimais em extinção

Mais de Mundo

Hamas afirma que não irá se desarmar até que Estado palestino seja estabelecido

Desabamento mata cinco trabalhadores em mina de ouro na Bolívia

Kiev descobre suposto esquema de corrupção relacionado a compras militares

Bombardeio do Exército de Mianmar contra mina de rubis deixa 13 mortos