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Mulher consegue na Justiça direito de ser jogadora pelo Irã

O marido não queria, mas a craque do futebol do Irã vai acompanhar sua equipe fora do país


	Niloufar Ardalan, a "Lady Goal", decidiu expor ao mundo sua indignação por precisar se submeter à aprovação do marido para poder viajar
 (Reprodução/Facebook)

Niloufar Ardalan, a "Lady Goal", decidiu expor ao mundo sua indignação por precisar se submeter à aprovação do marido para poder viajar (Reprodução/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 20h09.

São Paulo - Niloufar Ardalan, 30, a Lady Goal, vai conseguir fazer o que mais gosta: gols. A craque da seleção iraniana de futsal feminino decidiu enfrentar o marido, o jornalista esportivo Mehdi Toutounchi para acompanhar sua companheiras numa viagem ao México.

Em setembro, Niloufar decidiu expor ao mundo sua indignação por precisar se submeter à aprovação do marido para poder viajar. O motivo?

O marido acreditava que a atleta deveria permanecer em seu país para acompanhar o primeiro dia letivo do filho.

Ela abriu a boca: “Queria que as autoridades criassem medidas que permitissem às atletas defenderem seus direitos nessas situações”, disse ela à agência de notícias Nasimonline.

“Esses jogos eram importantes para mim. Como uma mulher muçulmana, queria trabalhar para a bandeira do meu país ser içada, não queria viajar por luxo ou diversão”.

A boa notícia é de que ela conseguiu a liberação. Graças ao sistema judiciário nacional, a Lady Goal foi liberada para viajar com equipe para o México, onde as iranianas se preparam para competir na Copa do Mundo de Futsal da Guatemala marcada para o final deste mês.

"Minha presença nos treinamentos acontecem por causa da permissão do promotor", disse a atleta.

Ao menos para este torneio, graças à persistência da goleadora, as antiquadas leis patriarcais começam a ser revistas para as atletas.

Seja qual for o resultado em quadra, uma coisa é certa: o gol mais bonito já aconteceu.

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