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Não é só o iPhone: 78% dos laptops, 87% dos games e 77% dos brinquedos vendidos nos EUA vêm da China

Americanos pagarão bem mais caro também pelas 'comprinhas' nos ecommerces chineses, que pagarão tarifa de 90%, além de um adicional de US$ 150 por pacote

Modelos de iPhone em exposição: consumidores americanos pagarão bem mais caros por eletrônicos comuns  (Dan Kitwood/Getty Images)

Modelos de iPhone em exposição: consumidores americanos pagarão bem mais caros por eletrônicos comuns (Dan Kitwood/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 11 de abril de 2025 às 12h11.

Última atualização em 11 de abril de 2025 às 12h11.

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Chamou a atenção do mundo inteiro a estratégia da Apple para trazer o máximo de iPhones possível para os EUA e escapar do tarifaço de Donald Trump. A empresa americana fretou nada menos do que cinco aviões com iPhones fabricados na Índia e correu para levá-los até o mercado americano antes que a tarifa de 26% então prometida por Trump sobre produtos fabricados na Índia entrasse em vigor.

Trump pausou por 90 dias as chamadas tarifas recíprocas contra a maioria dos seus parceiros comerciais. A exceção foi a China, onde a Apple fabricada mais de 70% dos seus iPhones vendidos globalmente. Neste momento, as tarifas aplicadas pelos EUA à China são de estratosféricos 145%.

Isso significa que os preços do iPhone nos EUA vão mais do que dobrar. E não para por aí. Os consumidores americanos vão pagar bem mais caro por vários itens do seu dia a dia.

Wendong Zhang, professor assistente de economia aplicada e políticas na Universidade Cornell, alerta que 78% dos laptops, 87% dos consoles de videogame e 77% dos brinquedos vendidos nos EUA vêm da China. No caso dos smartphones, 73% dos aparelhos vendidos no mercado americano são chineses.

Se esses itens vão pagar 145% de tarifa de importação, outras “comprinhas” podem arcar com um imposto ainda maior. Muitos ecommerces chineses como Shein e Temu aproveitavam uma brecha na legislação americana que isentava importações de pequeno valor, avaliadas em até US$ 800.

Trump não só acabou com essa brecha como aumentou o valor do imposto a ser aplicado nessas compras. A nova taxa passa a vigorar em 2 de maio e, inicialmente, seria de 30%. Agora, será de 90%. Além disso, haverá uma cobrança de US$ 75 por pacote entregue (antes, a previsão era de um valor único adicional de US$ 25). E, a partir de 1º de junho, essa cobrança extra passará a ser de US$ 150.

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