Luís Montenegro: primeiro-ministro de Portugal fala sobre apagão (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 28 de abril de 2025 às 12h33.
Última atualização em 28 de abril de 2025 às 14h03.
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o apagão elétrico que atingiu o país e outras regiões da Europa teve origem fora do território português e que não há indício de ciberataque. Em declaração após reunião extraordinária do Conselho de Ministros, garantiu que "não há motivo para alarme" e que o governo está trabalhando para restabelecer a energia ainda hoje.
O governo está colaborando com as autoridades espanholas para identificar a causa da falha. Montenegro também informou que se deslocaria ao centro de operações da Redes Energéticas Nacionais (REN) para obter mais informações sobre a situação. A expectativa é que a energia seja restabelecida “ainda hoje”, diz Montenegro.
— Sabemos que não foi em Portugal. Tudo aponta que foi na Espanha que se originou a situação, mas não quero especular. Há um trabalho conjunto com o Governo espanhol a decorrer. Não há nenhuma indicação que aponte no sentido de ciberataque — disse o primeiro-ministro.
O apagão, que começou por volta das 11h30 (horário local), afetou serviços essenciais em Portugal, como hospitais, aeroportos, transportes públicos e telecomunicações. Em Lisboa, o metrô foi paralisado, semáforos deixaram de funcionar e os bondes elétricos ficaram parados nas ruas. Aeroportos operaram com restrições, e estabelecimentos comerciais enfrentaram dificuldades devido à falta de refrigeração.
A REN informou que está trabalhando em conjunto com as autoridades espanholas para restabelecer o fornecimento de energia. Ainda não há previsão para a normalização completa do serviço, e as causas exatas do apagão seguem sob investigação.
O governo português criou um grupo de trabalho para acompanhar a situação, e o Conselho de Ministros permanece reunido na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento. O presidente da República está em contato permanente com o governo para monitorar os desdobramentos do incidente.