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Negociações de paz para Síria devem ser em Genebra, diz ONU

Segundo o diretor-geral da ONU em Genebra, as negociações de paz para a Síria provavelmente serão retomadas no fim de janeiro


	Síria: "Esperamos ter uma ideia mais clara sobre a data na primeira ou na segunda semana de janeiro"
 (Nour Fourat / Reuters)

Síria: "Esperamos ter uma ideia mais clara sobre a data na primeira ou na segunda semana de janeiro" (Nour Fourat / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 09h57.

Genebra - As negociações de paz para a Síria que um grupo de países decidiu retomar serão realizadas em Genebra, na Suíça, e provavelmente no fim de janeiro, conforme disse nesta terça-feira o diretor-geral da ONU na cidade, Michael Moller.

"A intenção é começar em Genebra no final de janeiro. Esperamos ter uma ideia mais clara sobre a data na primeira ou na segunda semana de janeiro", comentou Moller, que indicou que o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, realiza intensas conversas com as partes envolvidas.

A guerra civil que começou na Síria em março de 2011 já deixou mais de 250 mil mortos, obrigou quase metade da população a se deslocar e destruiu a estrutura econômica do país.

Nessas circunstâncias e após o fortalecimento do grupo jihadista Estado Islâmico, que controla extensos territórios no nordeste da Síria, o Conselho de Segurança da ONU adotou na sexta-feira passada uma resolução para retomar negociações diplomáticas e encerrar a guerra.

Desde 2011, qualquer projeto de resolução nessa instância foi bloqueado pela Rússia, o principal aliado do regime de Bashar al Assad.

A primeira tentativa de negociação, com várias rodadas de diálogo realizadas em Genebra no início de 2014, terminou com um contundente fracasso.

Além de promover como pontos mais urgentes o início das conversas entre delegações do regime e da oposição - tanto política como armada -, a resolução aprovada retoma a ideia estipulada em meados de 2012, embora jamais cumprida, em relação ao estabelecimento de um governo de transição.

Esse governo deveria entrar interino em um prazo de seis meses e estabeleceria as bases para a realização de eleições nos 18 meses posteriores ao reinício do processo negociador.

De qualquer forma, a situação é muito difícil pela rejeição da oposição a qualquer possibilidade de Al Assad continuar no poder durante o período de transição. Al Assad rejeita qualquer condicionamento relacionado a seu abandono do poder.

Texto atualizado às 10h57.

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