Mundo

Negociações entre Irã e potências chegam ao fim com fracasso

Após dois dias de encontro, reunião sobre programa nuclear iranianio termina sem avanços

Líderes das seis potências mundiais e representante iraniano em reunião para negociar programa nuclear do Irã (AFP)

Líderes das seis potências mundiais e representante iraniano em reunião para negociar programa nuclear do Irã (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2011 às 14h07.

Istambul - As conversações entre as seis grandes potências mundiais e o Irã para tentar uma aproximação sobre o controverso programa nuclear iraniano terminaram neste sábado em Istambul sem resultados, em clima de "decepção", nas palavras da chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

A diplomata, intermediária do grupo 5+1, formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha e China), mais a Alemanha, afirmou em uma entrevista coletiva ter ficado "decepcionada" com os dois dias de encontros com delegação iraniana.

Além de destacar a frustração com as negociações, Ashton informou que não há planos para novas conversações entre as potências e Teerã sobre o programa nuclear iraniano.

"Continua sendo essencial que o Irã demonstre que seu programa nuclear é pacífico", completou Ashton.

Já o negociador iraniano Said Jalili insistiu que o país tem o direito de enriquecer urânio para o programa nuclear.

Jalili afirmou à imprensa que o Irã, em conformidade com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), "tem o direito ao ciclo de combustão, incluindo o enriquecimento de urânio".

"Este direito deve ser reconhecido", afirmou o principal negociador iraniano, antes de acrescentar que se as grandes potências reconhecerem este direito, e sobretudo esta "lógica", ao país, "nós estamos dispostos a negociações, até mesmo amanhã".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaIrã - PaísNegociações

Mais de Mundo

Xi Jinping conversa com Putin por telefone e diz que país vê 'esforços positivos' para fim da guerra

Quem é Friedrich Merz, novo chanceler da Alemanha que quer independência dos EUA

Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Guerra na Ucrânia completa três anos e Zelensky elogia 'heroísmo' da população