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Netanyahu admite financiamento de grupo armado em Gaza e dispara: 'O que há de errado nisso?'

Imprensa local divulgou a existência de vídeos que flagraram membros de um dos grupos com armamentos e vestes militares, acusados de roubarem ajudas humanitárias que chegam em Gaza

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro de israel admite financiar grupos armados na Faixa de Gaza (Oliver Contreras/AFP)

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro de israel admite financiar grupos armados na Faixa de Gaza (Oliver Contreras/AFP)

Publicado em 6 de junho de 2025 às 06h58.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, admitiu que financia um grupo jihadista armado na Faixa de Gaza contra o Hamas. A afirmação foi feita nesta quinta-feira, 6, após ser pressionado pelo ex-ministro de oposição da Defesa Avigdor Lieberman.

Na ocasião, a oposição acusou o atual governo israelense de financiar e disponibilizar armamento para as gangues que atuam no território, segundo apuração da Folha de SP.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Netanyahu afirmou ter seguido conselhos de membros do Exército de Israel para salvar vidas dos soldados israelenses. Durante o pronunciamento, o primeiro-ministro questionou as críticas.

"O que há de errado nisso? Israel está trabalhando para derrotar o Hamas de muitas maneiras", declarou.

Ainda segundo Lieberman, em entrevista a uma rádio local, um dos grupos armados era o Abu Shabab, com ligação ao Estado Islâmico, no qual Israel estaria enviando metralhadoras e fuzis. De acordo com o jornal, algumas famílias são conhecidas na região por controlarem parte do território e já terem entrado em confrontos com o Hamas.

Segundo a imprensa local, foram divulgados vídeos nas redes sociais que flagraram palestinos armados na Faixa de Gaza, com equipamentos militares - como capacetes e coletes - utilizando uma faixa militar escrito "Serviço Anti-Terrorista" em inglês e árabe.

O líder desse grupo seria Yasser Abu Shabab, líder na cidade de Rafah e preso pelo Hamas. O grupo de Shabab é conhecido e acusado de roubar os suprimentos e ajudas humanitárias que entram na Faixa de Gaza.

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