Mundo

Nova trégua de uma semana entra em vigor no Iêmen

Trégua apoiada pela ONU entrou em vigor no Iêmen entre rebeldes e as forças leais ao presidente, uma nova tentativa de aliviar a crise humanitária


	Combatentes leais ao presidente do Iêmen abrem fogo contra rebeldes huthis
 (Saleh al-Obeidi/AFP)

Combatentes leais ao presidente do Iêmen abrem fogo contra rebeldes huthis (Saleh al-Obeidi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 23h02.

Sana - Uma trégua apoiada pela ONU entrou em vigor nesta sexta-feira no Iêmen entre os rebeldes houthis e as forças leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, em uma nova tentativa de aliviar a crise humanitária que assola o país.

O cessar-fogo começou nesta sexta-feira às 23h59 (horário local, 17h59 de Brasília) e está previsto que se prolongue até o fim do mês sagrado do Ramadã, no próximo dia 17 de julho.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, confirmou ontem o compromisso das partes e assegurou que "é imperativo e urgente que a ajuda humanitária possa chegar ao povo mais vulnerável no Iêmen sem obstáculos e através de uma trégua humanitária incondicional".

No entanto, o líder dos houthis, Abdul Malik al Houthi, pôs hoje em dúvida que a Arábia Saudita e sua coalizão, que respalda Hadi, vá respeitar a trégua humanitária e ameaçou com "consequências".

Por sua parte, o general saudita Ahmed al Asiri, porta-voz da citada aliança, afirmou que só cumprirão a cessação das hostilidades se os insurgentes fizerem o mesmo.

No terreno, os dois lados intensificaram nesta jornada, antes da entrada em vigor da trégua, os combates em uma tentativa de conseguir avanços.

Ambos prosseguiram com combates contrarrelógio nas cidades de Taiz e Aden e na província de Shebua, onde morreram dezenas de combatentes.

Por sua parte, a aviação da coalizão árabe bombardeou em Sana várias posições das milícias do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, a casa do ex-mandatário e de seus familiares, além de uma antiga fábrica.

Desde que começaram os bombardeios sauditas no final de março, mais de 3.000 pessoas morreram no conflito do Iêmen e um milhão tiveram que abandonar seus lares.

Perante esta situação, a União Europeia (UE) pediu hoje a todas as partes o cumprimento da "trégua humanitária incondicional" para permitir a entrada das organizações humanitárias "sem restrições".

A UE já advertiu esta semana que o Iêmen enfrenta uma catástrofe humanitária e que 80% da população necessita receber ajuda urgentemente.

A trégua alcançada durante cincos dias em maio deste ano foi violada por ambos lados e não permitiu a distribuição de ajuda humanitária suficiente. 

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaIêmenONU

Mais de Mundo

Ucrânia fecha acordo com EUA sobre recursos minerais, diz imprensa americana

Novo boletim médico do Papa Francisco afirma que condição 'permanece crítica, mas estável'

Administração Trump autoriza que agências ignorem ordem de Musk sobre e-mails de prestação de contas

Chanceler de Lula pede protagonismo global dos países em desenvolvimento no Brics