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Novos "muros" dividem Alemanha atual, diz presidente Steinmeier

Frank-Walter Steinmeier disse que a eleição, que viu a extrema-direita ingressar no Parlamento, expôs "grandes e pequenas rachaduras" na sociedade

Frank-Walter Steinmeier: "no dia 24 de setembro, ficou claro que outros muros emergiram, menos visíveis, sem arame farpado e faixas da morte" (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Frank-Walter Steinmeier: "no dia 24 de setembro, ficou claro que outros muros emergiram, menos visíveis, sem arame farpado e faixas da morte" (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 09h42.

Berlim - A eleição nacional da Alemanha do mês passado mostrou que o país está dividido por novos e menos visíveis "muros", disse o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, nesta terça-feira, no aniversário da reunificação alemã.

Falando 27 anos depois que Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental foram reunificadas após a queda do muro de Berlim, em 1989, Steinmeier disse que a eleição, que viu a extrema-direita ingressar no Parlamento, expôs "grandes e pequenas rachaduras" na sociedade, e pediu que os parlamentares trabalhem juntos para combater qualquer retorno ao nacionalismo.

"No dia 24 de setembro, ficou claro que outros muros emergiram, menos visíveis, sem arame farpado e faixas da morte, mas muros que ficam no caminho do nosso senso comum de 'nós'", disse Steinmeier, durante discurso na cidade de Mainz.

A chanceler Angela Merkel foi eleita para um quarto mandato na eleição, mas a votação levou um partido de extrema-direita ao Parlamento pela primeira vez em mais de meio século.

Além disso, uma votação dividida significa que Merkel precisará governar com uma coalizão muito menos estável do que a que tinha até agora.

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