Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 25 de outubro de 2025 às 06h01.
Última atualização em 25 de outubro de 2025 às 08h05.
Os argentinos votam neste domingo, 26, nas eleições legislativas, que renovarão o Congresso e, na prática, serão uma espécie de referendo em que a população argentina poderá dizer se deseja que o presidente Javier Milei continue com suas políticas de austeridade e reformas econômicas.
As últimas pesquisas eleitorais mostram o partido governista, La Libertad Avanza, com uma pequena vantagem contra a coalizão Fuerza Patria, de oposição de esquerda.
A legislação eleitoral na Argentina permite a divulgação de pesquisas somente até dez dias antes da eleição. Os últimos levantamentos foram publicados pela imprensa argentina em 17 de outubro.
O jornal argentino Clarín reuniu as últimas 10 pesquisas eleitorais. No compilado no veículo argentino, o partido de Milei tem, em média, uma vantagem de 2,2 pontos sobre Fuerza Patria (37,1% contra 34,9%).
No entanto, essa diferença está dentro da margem de erro das pesquisas, o que significa que, apesar de o governo ser o favorito, o peronismo também tem chances de vitória.
Outras pesquisas, como a Opina Argentina, divulgada na semana passada, mostrou o peronismo com uma leve vantagem de dois pontos percentuais — 37% contra 35% de La Libertad Avanza.
O levantamento da CB Consultora Opinión, que anteriormente mostrava uma tendência de vitória da oposição, deu na última pesquisa o partido de Milei com 40,8% das intenções de voto contra 35,4% dos partidos peronistas.
Uma pesquisa do instituto AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira, 24, mostra o partido La Libertad Avanza com 41,1% contra 37,2% da Fuerza Patria. O levantamento captou a intenção de voto de 6.526 argentinos adultos entre os dias 15 e 19 de outubro.
As eleições de meio de mandato são um elemento central do calendário eleitoral argentino, sendo realizadas a cada dois anos e tendo como objetivo renovar parcialmente o Congresso.
Na Câmara dos Deputados, onde os mandatos duram quatro anos, metade das cadeiras é renovada a cada dois anos. Neste domingo, portanto, estarão em disputa 127 das 257 vagas.
Já no Senado, com mandatos de seis anos, um terço dos assentos é renovado a cada dois anos, o que significa 24 das 72 cadeiras em jogo.
Esse tipo de sistema prevê garantir que sempre haja parlamentares experientes no Congresso, ao mesmo tempo, em que permite ao eleitorado avaliar o desempenho do governo.