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Obama e Netanyahu falam por telefone sobre acordo com Irã

O acordo ameaça criar tensões entre EUA e Israel, aliados muito próximos


	Obama (D) e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: para Israel, o acordo deu ao Irã uma possibilidade de desenvolver um arsenal nuclear
 (Saul Loeb/AFP)

Obama (D) e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: para Israel, o acordo deu ao Irã uma possibilidade de desenvolver um arsenal nuclear (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 06h33.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou neste domingo para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discutir o acordo nuclear internacional alcançado com o Irã, informou a Casa Branca.

O acordo ameaça criar tensões entre EUA e Israel, aliados muito próximos.

"O presidente disse ao primeiro-ministro que quer que Estados Unidos e Israel comecem consultas imediatamente sobre nossos esforços para negociar uma solução global" para o programa nuclear iraniano, disse à imprensa Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca.

"Os dois líderes reafirmaram seu objetivo compartilhado de impedir que o Irã tenha arma nuclear", acrescentou Earnest, em conversa com a imprensa a bordo do Air Force One, o avião presidencial americano que levava Obama para a Costa Oeste dos EUA.

Obama disse que grupo 5+1 buscará uma "solução definitiva, pacífica e global que leve em conta as observações da comunidade internacional ao programa nuclear do Irã", completou Earnest.

Earnest disse que Obama e Netanyahu concordaram em permanecer em "estreito contato" a respeito das negociações sobre o tema.

Teerã tem uma longa história de enfrentamentos com o Estado israelense, especialmente sob a administração do presidente anterior, Mahmud Ahmadinejad.

Apenas algumas horas depois que as seis potências mundiais conseguiram o acordo histórico com a República Islâmica, Netanyahu atacou o que chamou de um "erro histórico". Para Israel, o acordo deu ao Irã uma possibilidade de desenvolver um arsenal nuclear.

Já os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, integrantes do chamado Grupo 5+1, envolvidos nas negociações consideraram o acordo um primeiro passo-chave para evitar uma escalada militar.

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