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Obama pede voto rápido sobre a Síria

Assad "deve prestar contas" pelo uso de armas químicas, afirmou o presidente americano


	Barack Obama: presidente assegurou que seu Governo tem "uma estratégia mais ampla" para "melhorar a capacidade da oposição" na Síria 
 (Jewel Samad/AFP)

Barack Obama: presidente assegurou que seu Governo tem "uma estratégia mais ampla" para "melhorar a capacidade da oposição" na Síria  (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h20.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta terça-feira que o Congresso faça um voto "rápido" sobre a ação militar "limitada" contra a Síria e se mostrou confiante de que conseguirá a autorização dos parlamentares para realizar este ataque.

"Quero enfatizar uma vez mais que o que estamos planejando é algo limitado, proporcional, que afetará a capacidade do regime de Assad (o presidente sírio, Bashar al Assad)", disse Obama ao início de uma reunião na Casa Branca com os principais líderes republicanos e democratas no Congresso.

Além disso, o presidente expressou seu agradecimento aos legisladores pela intenção de realizar a votação "tão logo quanto o Congresso retorne na próxima semana" ao trabalho.

O Comitê de Relações Exteriores do Senado realizará nesta terça-feira uma audiência para estudar a autorização solicitada por Obama para atacar a Síria, na qual participarão os secretários de Estado, John Kerry, e de Defesa, Chuck Hagel.

"Acho que é apropriado que atuemos sem precipitação, mas também acho que todo mundo reconheça a urgência e que vamos ter que nos movimentar com relativa rapidez", sustentou Obama em seu encontro com legisladores, ao que participam, entre outros, o presidente da Câmara dos Representantes, e republicano John Boehner.

Assad "deve prestar contas" pelo uso de armas químicas, algo que Washington considera provado, já que isso "coloca uma ameaça grave à segurança dos Estados Unidos e da região", destacou Obama.


Perante as reservas do povo americano a uma ação na Síria demonstradas nas enquetes, o líder insistiu que seu plano "não é Iraque" e "não é Afeganistão".

Obama também assegurou que seu Governo tem "uma estratégia mais ampla" para "melhorar a capacidade da oposição" na Síria e continuar com a "pressão diplomática" com o objetivo de devolver a paz e a estabilidade no país.

Além disso, o líder se mostrou disposto a realizar mudanças na solicitação formal de autorização para um ataque na Síria enviada ao Congresso, depois que muitos legisladores tenham comentado que é demais aberta e ampla assim que o poder que concede ao presidente.

Obama iniciará hoje uma viagem para Suécia e à cúpula do G20 na Rússia em meio a uma ofensiva para conseguir o apoio de aliados internacionais e do Congresso em sua decisão de atacar Síria.

Nesse contexto, o presidente falou na segunda-feira por telefone com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, com quem concordou que o uso de armas químicas na Síria "é uma grave violação das normas internacionais e não pode ser tolerado", segundo indicou hoje a Casa Branca em comunicado.

Abe e Obama "se comprometeram a seguir em estreitas consultas sobre as possíveis respostas da comunidade internacional" a esse uso de armas químicas. 

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