Mundo

Oficiais dos EUA afirmam que Al Qaeda está por trás de atentados em Damasco

Facção iraquiana da Al Qaeda teria começado a envolver-se na revolução síria quando o Governo de Assad lançou as primeiras ofensivas contra a população civil

Atentados teriam sido realizados sob as ordens de Ayman al Zawahiri, extremista egípcio que assumiu a liderança no Paquistão após a morte de Osama bin Laden (AFP)

Atentados teriam sido realizados sob as ordens de Ayman al Zawahiri, extremista egípcio que assumiu a liderança no Paquistão após a morte de Osama bin Laden (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2012 às 12h48.

Washington - O braço iraquiano do grupo terrorista Al Qaeda estaria por trás de dois dos recentes atentados que atingiram a capital da Síria, Damasco, e provavelmente também dos atentados suicidas ocorridos nesta sexta-feira que deixaram pelo menos 25 mortos na cidade de Aleppo, informou neste sábado o grupo de jornais McClatchy, citando fontes oficiais americanas.

Segundo os funcionários, que ofereceram a informação sob condição de anonimato, os relatórios de inteligência sobre os incidentes indicam que os atentados foram realizados sob as ordens de Ayman al Zawahiri, extremista egípcio que assumiu a liderança no Paquistão após a morte de Osama bin Laden.

As fontes acrescentaram que a facção iraquiana da Al Qaeda (AQI), começou a envolver-se na revolução síria quando o Governo de Bashar al Assad lançou as primeiras ofensivas contra a população civil.

De acordo com as fontes, Zawahiri autorizou as operações na Síria para 'tirar as correntes' após a morte de Bin Laden, naquela que seria a primeira ação fora do território iraquiano deste braço da rede terrorista.

As autoridades americanas acreditam que a Al Qaeda no Iraque, de natureza sunita, procura expandir-se além de seu país com atentados contra países xiitas como a Síria, onde Assad governa com um regime dominado pelos alauíes, minoria xiita que governa o país desde 1963.

Embora Al Qaeda e seus aliados tenham tentado desempenhar funções em outros movimentos da primavera árabe, esta parece ser a primeira vez que a rede atingiu seu objetivo.

'Isto tem menos a ver com as metas e mais a ver com oportunidade', acrescentaram os funcionários.

Os temores pelas ambições cada vez maiores da AQI explicam, entre outras razões, porque os Estados Unidos querem manter boas relações com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, apesar da preocupação que seu Governo seja cada vez mais autocrático, comentou um dos oficiais. EFE

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaIslamismoSíriaTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Quem é Friedrich Merz, novo chanceler da Alemanha que quer independência dos EUA

Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Guerra na Ucrânia completa três anos e Zelensky elogia 'heroísmo' da população

Principal alvo das tarifas sobre metais é a China, diz ex-assessora de comércio da Casa Branca