Agência de Notícias
Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 12h43.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2025 às 12h46.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta quinta-feira, 27, que mantém a emergência sanitária internacional para mpox diante do aumento de casos e do número de regiões em que foi declarada, incluindo zonas de conflito como o leste da República Democrática do Congo.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a decisão dois dias depois que o comitê de emergência da doença, que se reúne a cada três meses, analisou a situação e recomendou a ação ao principal funcionário da agência de saúde.
O comitê também analisou as recomendações temporárias para lidar com os surtos da doença, incluindo a criação de centros de emergência nacionais e locais, a intensificação do rastreamento de casos e contatos e o desenvolvimento de planos de vacinação, sem propor restrições de viagem nesse estágio.
A emergência foi declarada em 14 de agosto de 2024, tendo em vista o aumento de casos especialmente na RD Congo, onde algumas regiões de surto são de difícil acesso para os serviços de saúde devido ao conflito em províncias como Kivu do Norte e do Sul.
O atual alerta de mpox da OMS é uma resposta à rápida disseminação na África de uma nova variante (clade Ib), diferente da que causou outro surto na África em 2022 e milhares de casos na Europa, América do Norte e países de outras regiões.
Até agora, neste ano, mais de 2,1 mil casos confirmados da variante Ib foram detectados na República Democrática do Congo (em comparação com 13 mil no ano passado), 1,5 mil em Uganda, cerca de 500 em Burundi, 20 em Ruanda e nove no Quênia, de acordo com estatísticas da OMS.
Apenas 11 desses casos foram letais, todos eles em Uganda, enquanto em 2024 houve 55 mortes nos países africanos afetados.
A variante menos letal em 2022 já tinha feito a OMS a emitir uma primeira declaração de emergência sanitária internacional, que foi suspensa no ano seguinte.