Mundo

Ong abre ação contra EUA por vigilância ilegal

A ação legal ocorre depois que várias reportagens e a divulgação de documentos públicos revelaram um programa de vigilância da DEA na década de noventa

Reed Brody, conselheiro legal da Human Rights Watch: a ação legal ocorre depois que várias reportagens e a divulgação de documentos públicos revelaram um programa de vigilância da DEA na década de noventa (Seyllou/AFP)

Reed Brody, conselheiro legal da Human Rights Watch: a ação legal ocorre depois que várias reportagens e a divulgação de documentos públicos revelaram um programa de vigilância da DEA na década de noventa (Seyllou/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 14h30.

Washington - A ONG Human Rights Watch informou nesta quarta-feira que apresentou uma demanda contra a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) por gravar ilegalmente suas chamadas telefônicas a países estrangeiros durante anos.

A ação legal ocorre depois que várias reportagens da imprensa e a divulgação de documentos públicos revelaram um programa de vigilância da DEA na década de noventa para gravar as chamadas da organização a mais de cem países.

"Na Human Rights Watch trabalhamos com gente que às vezes está em situações de vida ou morte, onde falar pode convertê-los em um alvo", disse a conselheira do grupo, Dinah PoKempner.

"Com quem nos comunicamos e quando muitas vezes é uma informação extraordinariamente sensível e que não podemos entregar ao governo levianamente", acrescentou.

O processo legal, apresentado em um tribunal federal da Califórnia (sudeste), pede que um juiz declare este tipo de vigilância como uma violação dos direitos constitucionais da ONG e pede a eliminação de todos os registros deste programa.

"O programa da DEA é outro exemplo dos excessos das agências federais em sua autoridade de vigilância secreta", acrescentou Mark Rumold, advogado da Electronic Frontier Foundation, que representa a Human Rights Watch.

"Queremos forçar a DEA a destruir as gravações que coletou ilegalmente e que reconheça - de uma vez por todas - que a coleta maciça de dados dos americanos é inconstitucional", disse Rumold.

Segundo a demanda, a DEA divulgou a existência de seu programa de vigilância maciça em janeiro de 2015, depois que um juiz federal ordenou que o governo fornecesse mais informação em um caso contra um homem acusado de violar restrições de importações por enviar bens ao Irã.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEstados Unidos (EUA)ONGs

Mais de Mundo

'Estamos à beira de um acordo de paz em Gaza', diz secretária das Relações Exteriores do Reino Unido

Protesto contra ofensiva de Israel em Gaza reúne entre 60 mil pessoas em Berlim

Venezuela realiza exercícios com a população para enfrentar terremotos e 'ameaça' dos EUA

Após ter visto revogado pelos EUA, Petro diz que 'não se importa' e que é 'livre no mundo'