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ONG pede fim das exportações de armas antidistúrbios para ditadores árabes

ONG egípcia pediu que os Estados Unidos e a União Européia interrompam as exportações de gás lacrimogênio e balas de borracha para a região

Protesto no Egito: ONG reclama do uso de armas importadas da UE e dos EUA (AFP)

Protesto no Egito: ONG reclama do uso de armas importadas da UE e dos EUA (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 13h33.

Cairo - Uma ONG egípcia pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos e à União Europeia (UE) que não exportem armas antidistúrbios, como gás lacrimogêneo e balas de borracha, às ditaduras árabes, visto que continuar com a venda significaria que seu apoio aos protestos é "falso".

Em comunicado, a Rede Árabe para a Informação de Direitos Humanos afirmou que "estas ferramentas continuam sendo utilizadas pelos dirigentes árabes repressores para combater os protestos pacíficos que pedem mudanças e democracia" na região.

A ONG insistiu que com estas armas antidistúrbios, muitas delas importadas dos EUA e de países da UE, se matou e se feriu "milhares de manifestantes pacíficos no Egito, Tunísia, Líbia, Bahrein, Iêmen, Argélia, Omã e outros países árabes".

"Continuar exportando estas armas a alguns Governos árabes, apesar de os ocidentais terem certeza de que estes regimes são opressores e autoritários, significa que o apoio dos Governos ocidentais a estas revoluções é vazio e falso", ressalta a nota.

A organização advertiu que "a exportação por parte dos países ocidentais destas armas às ditaduras árabes para matar, dispersar ou aterrorizar os manifestantes pacíficos no mundo árabe criará um clima de ódio a esses Governos".

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