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ONU acusa EUA de praticar execuções que equivalem à tortura

"Forma como se deu morte implicou um tratamento cruel, desumano e degradante, segundo normas internacionais de direitos humanos", disse alta comissária da ONU


	Pena de morte: "forma como se deu morte transgrediu 8ª emenda da Constituição dos EUA, que dispõe que não se devem infligir castigos cruéis", sustentou a alta comissária da ONU
 (Yoav Lemmer)

Pena de morte: "forma como se deu morte transgrediu 8ª emenda da Constituição dos EUA, que dispõe que não se devem infligir castigos cruéis", sustentou a alta comissária da ONU (Yoav Lemmer)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 09h18.

Genebra - O sofrimento de um condenado à morte no que se injetou uma solução letal em Oklahoma (EUA) que não agiu de forma imediata constituiu um tratamento cruel e desumano, o que o direito internacional equipara com a tortura, assinalou nesta sexta-feira a ONU.

"A forma como se deu morte do réu Clayton Lockett implicou um tratamento cruel, desumano e degradante, segundo as normas internacionais de direitos humanos, e transgrediu a oitava emenda da Constituição dos Estados Unidos, que dispõe que não se devem infligir castigos cruéis", sustentou a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

"O de Lockett é o segundo caso de sofrimento extremo reportado neste ano e causado pelo mau funcionamento das injeções letais", disse o porta-voz de Pillay, Rupert Colville.

O primeiro caso foi o de Dennis McGuire, que foi executado em Ohio em janeiro passado com uma combinação de substâncias que depois se denunciou que não foi previamente testada.

O Estado de Oklahoma adiou execuções que estavam previstas em breve, após a ordem que se revisem todos os procedimentos e protocolos para a aplicação da pena de morte.

Os órgãos de direitos humanos da ONU já pediram aos EUA que avalie seus métodos de execução para evitar o sofrimento e dor severos.

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