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ONU considera saída da Venezuela da CIDH "muito grave"

No último dia 1º de maio, Hugo Chávez, pediu a análise do Conselho de Estado para a retirada da Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Em seu discurso, o porta-voz da ONU solicitou à Venezuela, assim como a todos os países do continente americano a cooperarem com os mecanismos de direitos humanos nacionais e internacionais (©AFP / Juan Barreto)

Em seu discurso, o porta-voz da ONU solicitou à Venezuela, assim como a todos os países do continente americano a cooperarem com os mecanismos de direitos humanos nacionais e internacionais (©AFP / Juan Barreto)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 10h05.

Genebra - O porta-voz do Escritório do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, disse nesta sexta-feira que a saída da Venezuela da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) seria "muito grave" e solicitou que o Governo venezuelano repense a decisão.

Em entrevista coletiva, Colville lembrou que apesar da Venezuela ainda não ter tomado a decisão de sair da CIDH, já deu o primeiro passo ao pedir a uma comissão que avaliasse a saída do país da organização regional.

No último dia 1º de maio, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu a análise do Conselho de Estado para a retirada da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Chávez justificou a medida por considerar que a CIDH é um mecanismo usado pelos Estados Unidos contra o país sul-americano.

No entanto, o porta-voz da organização rebateu as críticas. "Os corpos regionais de direitos humanos desempenham um papel muito importante na proteção desses direitos e reforçam os padrões e os tratados". Além disso, Colville destacou que a CIDH teve um impacto positivo na América Latina, na defensa da justiça, em particular durante as ditaduras.

Em seu discurso, o porta-voz solicitou à Venezuela, assim como a todos os países do continente americano a cooperarem com os mecanismos de direitos humanos nacionais e internacionais. "Não se deve tomar nenhuma medida que tenha como resultado o enfraquecimento da proteção destes direitos", destacou.

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