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ONU denuncia massacre de 450 elefantes em Camarões

Os elefantes são cobiçados pelo marfim de suas presas, que não só é trocado por dinheiro, mas também por 'armas e munição destinadas a conflitos em países vizinhos'

Embora o aumento da captura de elefantes seja dramático em Camarões, os outros 38 estados africanos que tem populações destes animais também estão envolvidos (Getty Images)

Embora o aumento da captura de elefantes seja dramático em Camarões, os outros 38 estados africanos que tem populações destes animais também estão envolvidos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 20h14.

Genebra - Cerca de 450 elefantes foram mortos recentemente por caçadores ilegais no Parque Nacional Bouba Ndjida, no norte de Camarões, denunciou nesta terça-feira o organismo responsável da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem (CITES).

Esse massacre em massa não é um fato isolado e faz parte de 'uma tendência que foi detectada ultimamente em vários países, onde caçadores dotados de armamento sofisticado dizimam a população de elefantes', disse o diretor-geral da CITES, John Scanlon.

Os elefantes são cobiçados pelo marfim de suas presas, que não só é trocado por dinheiro, mas também por 'armas e munição destinadas a conflitos em países vizinhos', afirmou o responsável do organismo, dependente da ONU.

Embora o aumento da captura de elefantes seja dramático em Camarões, os outros 38 estados africanos que tem populações destes animais também estão envolvidos.

'Os elefantes foram massacrados por grupos vindos do Chade e Sudão nas últimas semanas, aproveitando a temporada de seca', segundo informou o CITES, que tem seus escritórios em Genebra.

A Secretaria da CITES também informou que está em contato com os ministérios de Florestas e Vida Silvestre de Camarões, Chade, a República Centro-Africana, a República Democrática do Congo e Sudão para oferecer-lhes cooperação e ajudar a reprimir a caça ilegal e o tráfico além da fronteira. 

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