Agência de notícias
Publicado em 19 de outubro de 2025 às 17h01.
A ONU anunciou neste domingo que 20 de seus funcionários foram detidos pelos rebeldes houthis em Sana, capital do Iêmen controlada pelos insurgentes, um dia após uma nova operação contra os trabalhadores da organização no país em guerra.
"Cinco membros da equipe nacional e 15 membros da equipe internacional estão detidos no complexo" da ONU, no qual os rebeldes entraram no sábado, disse à AFP Jean Alam, porta-voz do coordenador residente da ONU no Iêmen.
Ele disse que outros 11 funcionários locais detidos anteriormente foram libertados após interrogatório.
De acordo com Alam, a ONU está em contato com os houthis, os Estados-membros envolvidos e o governo iemenita para "resolver esta grave situação o mais rápido possível, acabar com a detenção dos funcionários e restabelecer o controle total de suas instalações em Sana".
O novo incidente ocorre depois que dezenas de membros da ONU foram presos nos últimos meses nas regiões controladas pelos insurgentes iemenitas, apoiados pelo Irã.
Na quinta-feira, em um discurso televisionado, o líder dos rebeldes, Abdelmalek al Huthi, afirmou que suas forças haviam desmantelado "uma das células de espionagem mais perigosas", que se apresenta como "ligada a organizações humanitárias como o Programa Mundial de Alimentos e o Unicef".
As acusações foram classificadas no sábado como "perigosas e inaceitáveis" pelo porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, para quem "elas colocam em grave risco a segurança dos funcionários da ONU e dos trabalhadores humanitários, além de comprometerem operações vitais de assistência".