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ONU diz que rebeldes ordenaram que agências deixem Lugansk

A ONU denunciou que os rebeldes que controlam a região ucraniana de Lugansk ordenaram a todas as agências do organismo que deixem essa área imediatamente


	Insurgentes pró-Rússia em Lugansk, Ucrânia
 (John MacDougall/AFP)

Insurgentes pró-Rússia em Lugansk, Ucrânia (John MacDougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 22h20.

A ONU denunciou nesta quinta-feira que os rebeldes que controlam a região ucraniana de Lugansk ordenaram a todas as agências do organismo que deixem essa área imediatamente.

"Estou alarmado pelas notícias que as autoridades de fato no leste da Ucrânia ordenaram às agências da ONU em Lugansk deter suas operações e deixar a região no mais tardar amanhã, 25 de setembro", disse o chefe para Assuntos Humanitários da organização, Stephen O'Brien.

Segundo o responsável das Nações Unidas, várias ONGs internacionais também foram informadas que devem abandonar a região antes do dia 26.

Além disso, O'Brien se mostrou "extremamente preocupado" pela situação em Donetsk, também no leste da Ucrânia, onde a ONU também suspendeu as operações de todas suas agências à espera de uma decisão dos separatistas sobre o futuro de sua presença ali.

"As autoridades de fato em Lugansk e Donetsk têm a obrigação de permitir e facilitar um acesso sem impedimentos e rápido. Seu contínuo fracasso neste âmbito constitui uma violação descarada da Lei Humanitária Internacional", declarou O'Brien.

O diplomata disse que a suspensão de quase todos os programas humanitários nas duas regiões desde meados de julho "está pondo vidas em perigo e impedindo os mais vulneráveis, incluindo crianças, mulheres e idosos, a ter acesso a serviços básicos".

Segundo a ONU, essa situação está tendo um "impacto sério sobre três milhões de pessoas" justamente quando o inverno se aproxima.

"Cerca de 16.000 toneladas de ajuda humanitária não podem ser entregues. Os hospitais não podem operar porque não têm anestesia. As vidas dos pacientes estão em risco sem remédios essenciais como insulina e vacinas da tuberculose", acrescentou O'Brien. 

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