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ONU está 'extremamente preocupada' com civis na Líbia

Organização lamenta que ajuda humanitária seja muito limitada no país árabe

Caça destruído na Líbia: enviado da ONU não pôde visitar maior parte do país (Patrick Baz/AFP)

Caça destruído na Líbia: enviado da ONU não pôde visitar maior parte do país (Patrick Baz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 11h25.

Genebra - A Organização das Nações Unidas (ONU) está "extremamente preocupada" pela vida dos civis na Líbia no meio dos combates, declarou nesta quarta-feira o coordenador humanitário da organização para o país árabe, Rachid Jalikov.

Jalikov advertiu que "as organizações humanitárias têm atualmente uma presença muito limitada na Líbia", por isso que "falta informação sobre o que realmente está acontecendo com os civis".

O representante da ONU, que visitou Líbia entre os dias 12 e 16 de março, ou seja, antes de começar a intervenção internacional sancionada pelo Conselho de Segurança, esclareceu que só esteve na capital, Trípoli, onde se reuniu com as autoridades do regime de Muammar Kadafi, e que realizou uma breve visita a Zawiyah, ao oeste do país.

"Não posso dizer que tive plena liberdade de movimentos. Não foi uma visita ideal, mas foi a primeira de um representante da ONU a essa cidade", disse.

"O Governo me disse que a situação era normal, mas eu vi que havia muito movimento de pessoal militar de Trípoli a Zawiyah. A situação me pareceu que é de calma mas extremamente tensa, e vi que havia muitos edifícios danificados", acrescentou.

Jalikov disse não poder confirmar as informações que o regime líbio empregou a civis como escudos humanos.

O enviado da ONU reconheceu em entrevista coletiva que não pôde visitar outras cidades como Adjabiya e Misurata, no leste do país, onde as tropas governamentais e os rebeldes mantêm fortes combates pelo controle.

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