Mundo

ONU faz alerta contra quarentena a profissionais por ebola

Alguns Estados norte-americanos impuseram quarentenas forçadas para profissionais de saúde que voltam de países africanos afetados pelo ebola


	Ban Ki-Moon: "a melhor forma de deter esse vírus é pará-lo na fonte, em vez de limitar, restringir o movimento de pessoas e do comércio"
 (Menahem Kahana/Pool/Reuters)

Ban Ki-Moon: "a melhor forma de deter esse vírus é pará-lo na fonte, em vez de limitar, restringir o movimento de pessoas e do comércio" (Menahem Kahana/Pool/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 12h23.

Viena - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertou nesta segunda-feira contra as restrições rígidas "desnecessárias" aos movimentos dos profissionais de saúde que combateram o vírus ebola na África Ocidental.

Alguns Estados norte-americanos impuseram quarentenas forçadas para profissionais de saúde que voltam de países africanos afetados pelo ebola, mas o governo federal dos Estados Unidos se opôs a essas medidas.

Canadá e Austrália barraram a entrada de cidadãos de Libéria, Serra Leoa e Guiné, onde a doença está disseminada, e alguns políticos norte-americanos pediram a adoção de medidas similares nos EUA.

"A melhor forma de deter esse vírus é pará-lo na fonte, em vez de limitar, restringir o movimento de pessoas e do comércio", disse Ban em entrevista coletiva em Viena.

"Em especial quando há algumas restrições extras desnecessárias e discriminações contra profissionais de saúde. São pessoas extraordinárias que estão doando a si mesmas, arriscando suas vidas", acrescentou.

Importantes companhias aéreas internacionais e serviços de entrega devem continuar suas operações normalmente, defendeu Ban.

Especialistas na área médica dizem que o contágio do ebola é difícil e que o vírus só se espalha pelo contato direto com fluídos corporais de uma pessoa infectada e não é transmitido por pessoas assintomáticas.

"É claro, quando alguém tem um sintoma (de ebola) essa pessoa tem de ser imediatamente tratada, apoiada e isolada, se necessário", disse Ban.

O surto mais mortal de ebola já registrado matou quase 5 mil pessoas, a grande maioria delas na Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasEstados Unidos (EUA)ONUPaíses ricos

Mais de Mundo

Diplomatas de 24 países faziam parte de delegação alvejada em Jenin por forças israelenses

Suprema Corte de Israel diz que demissão de chefe de serviço de segurança foi ilegal

Mais de 48 mil isolados e 300 retirados de áreas afetadas por inundações na Austrália

Governo da Argentina decreta desregulamentação do transporte marítimo e fluvial