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ONU rejeita resolução de fim da ocupação de Israel até 2017

Rejeição da proposta é duro golpe contra esforços para fazer com que órgão mais poderoso da ONU tome medidas para reconhecer Estado independente da Palestina


	Conselho de Segurança da ONU: resolução recebeu oito votos favoráveis, dois contrários e cinco abstenções
 (Kena Betancur/AFP)

Conselho de Segurança da ONU: resolução recebeu oito votos favoráveis, dois contrários e cinco abstenções (Kena Betancur/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 06h44.

Nova York - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas rejeitou, nesta terça-feira, o projeto de resolução palestina, que pedia pelo fim da ocupação israelense nos territórios palestinos até 2017.

A rejeição da proposta é um duro golpe contra os esforços para fazer com que o órgão mais poderoso da ONU tome medidas para reconhecer um Estado independente da Palestina.

Os EUA, aliado mais próximo de Israel, deixaram clara sua oposição à proposta e afirmou que usaria seu poder de veto, se assim fosse necessário.

O veto não foi usado, pois a resolução não conseguiu os nove votos mínimos favoráveis para ser aprovada pelo Conselho, formado por 15 membros.

A resolução recebeu oito votos favoráveis, dois contrários - um dos EUA e outro da Austrália - , e cinco abstenções.

Até o início da votação, os diplomatas do Conselho esperavam que a proposta obtivesse os nove votos favoráveis necessários.

Mas a Nigéria acabou se abstendo, contrariando a expectativa de que votaria "sim".

O esboço de resolução que foi derrotado teria afirmado a necessidade urgente de atingir "uma justa, duradoura e compreensiva solução pacífica" para o conflito entre Israel e Palestina no prazo de um ano, e determinaria a data de 31 de dezembro de 2017 como prazo final para o fim da ocupação israelense em territórios palestinos.

A proposta também pedia o estabelecimento do Estado independente da Palestina dentro das fronteiras do Oriente Médio de 1967, antes de Israel capturar a Cisjordânia, Gaza e o leste de Jerusalém, e também exigia uma "solução justa" para todas as outras questões pendentes, incluindo os refugiados palestinos, prisioneiros em prisões israelenses e água.

A embaixadora da Jordânia na ONU, Dina Kawar, representante árabe no Conselho de Segurança, afirmou que a rejeição do projeto de resolução "não irá impedir de continuar pressionando a comunidade internacional, especificamente a ONU, no sentido de uma participação efetiva para a solução deste conflito".

A embaixadora norte-americana Samantha Power, por outro lado, afirmou que os EUA votaram contra a resolução "não porque estão confortáveis com o status quo, mas porque a paz deve ser atingida com compromissos sérios que são feitos na mesa de negociação".

Fonte: Associated Press.

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