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ONU: setor energético é o maior responsável por emissões

Para o órgão, o fato de este setor ser o maior culpado o coloca também como responsável por encontrar estratégias que determinem a solução

Christiana informou que 180 nações já possuem políticas contra as mudanças climáticas (Divulgação/COP16)

Christiana informou que 180 nações já possuem políticas contra as mudanças climáticas (Divulgação/COP16)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 14h40.

São Paulo - O setor energético é responsável por 80% das emissões de gases de efeito estufa. Esta foi a temática do discurso da secretária-executiva da Organização das Nações Unidas para questões climáticas, Christiana Figueres, durante a conferência de Abu Dhabi, na última quinta-feira.

A reunião, realizada nos Emirados Árabes, teve como intuito discutir estratégias para definir a situação energética do mundo para o futuro. O encontro serviu para que fosse registrado o impacto que a energia tem causado no clima e a consequente necessidade de haver uma mudança a fim de frear as mudanças climáticas.

O fato de este setor ser o maior culpado o coloca também como responsável por encontrar estratégias que determinem a solução. Para a secretária é necessário haver uma “revolução energética muito grande para solucionar o problema”, mesmo assim, ela esclareceu que os governos já iniciaram parte do percurso.

A estratégia usada para reverter o cenário de culpa em que o setor energético está inserido deve ser o investimento e desenvolvimento de tecnologias de produção de energia limpa. Isso já tem acontecido em diversos países. Christiana informou que 180 nações já possuem políticas contra as mudanças climáticas e que, mesmo com a crise mundial, 2011 foi o ano recorde em investimentos direcionados às energias renováveis.

A executiva da ONU também destacou a necessidade da participação da iniciativa privada para que a produção de energia seja mais limpa e exaltou os resultados alcançados na COP17, realizada em Durban, no final do ano passado.

Entre os resultados da COP17 está a prorrogação do Protocolo de Kyoto, que determina metas de redução nas emissões de países desenvolvidos signatários e auxílio às nações em desenvolvimento, e o acordo de que em alguns anos, todos os países, inclusive os emergentes, sejam obrigados a estabelecer suas próprias metas de redução nas emissões.

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