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Oposição acusa governo de tentar perder tempo em negociações

Oposição síria acusou o governo de fazê-la perder tempo nas negociações diplomáticas que mantêm em Genebra


	Lugar dedicado à oposição síria na Conferência de Genebra 2: "até o momento, eles são estão fazendo todos perderem tempo", disse o presidente da Coalizão Nacional Síria
 (Philippe Desmazes/AFP)

Lugar dedicado à oposição síria na Conferência de Genebra 2: "até o momento, eles são estão fazendo todos perderem tempo", disse o presidente da Coalizão Nacional Síria (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 10h16.

Genebra - A oposição síria acusou nesta terça-feira o governo de fazê-la perder tempo nas negociações diplomáticas que mantêm em Genebra, sobretudo depois que o segundo apresentou ontem um documento com suas ideias do que deve conter em um eventual acordo e em uma transição política.

Esse documento "é um manual de ditadura. Até o momento, eles são estão fazendo todos perderem tempo", disse o presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFROS) - a aliança de grupos opositores que participam destas conversas -, Ahmed Yarba.

A oposição lembrou que a base internacionalmente reconhecida para estas negociações é o chamada "Comunicado de Genebra", adotado em junho de 2012 pelos Estados Unidos, Rússia e a ONU como um roteiro para a transição política na Síria e para colocar um fim ao conflito armado.

"Nós estamos totalmente comprometidos com o Comunicado de Genebra", disse Yarba através de sua conta no Twitter.

Yarba preside a delegação opositora que na semana passada chegou a Suíça para as negociações de paz, mas não dirige a equipe negociadora, que é liderada por Hadi Al Bahra, um opositor exilado na Turquia.

Cada delegação está composta aproximadamente por 15 pessoas.

A governamental é liderada pelo ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, que -no entanto- quase não participou das reuniões com a parte opositora.

Na véspera, o mediador neste processo, Lakhdar Brahimi, pediu a ambas delegações que reduzam o número de declarações que diariamente oferecem à imprensa síria e internacional e nas quais, geralmente, atacam a parte contrária.

Brahimi insinuou que tais comentários não ajudam a criar uma atmosfera propícia para o diálogo, mas acrescentou que se seguirem fazendo, que "pelo menos não exagerem".

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