Mundo

Oposição pede ao regime compromisso com transição de poder

Coalizão Nacional Síria pediu que a delegação governamental assine um compromisso para aceitar as negociações destinadas a formar um governo transitório


	Coalizão nacional síria: dirigente considerou que o principal resultado da conferência deve ser "colocar de lado Assad e todos os símbolos do regime"
 (REUTERS/Mohammed Dabbous)

Coalizão nacional síria: dirigente considerou que o principal resultado da conferência deve ser "colocar de lado Assad e todos os símbolos do regime" (REUTERS/Mohammed Dabbous)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 08h09.

Montreux - A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a aliança que representa a oposição no processo de paz que começou nesta quarta-feira na Suíça, pediu que a delegação governamental assine um compromisso para aceitar as negociações destinadas a formar um governo transitório.

"Queremos saber se temos um interlocutor nesta sala e, neste caso, pedimos que assinem o Comunicado de Genebra que estabelece que todas as competências de Assad (Bashar al Assad, presidente sírio), executivas, militares e jurídicas, devem ser transferidas para um órgão transitório de governo", disse o presidente da CNFROS, Ahmad Yarba.

O dirigente opositor considerou que este é o principal resultado que deve ser esperado da conferência de paz para a Síria: "colocar de lado Assad e todos os símbolos de seu regime"

Diante das delegações presentes no centro de conferências de Montreux, onde está sendo realizada hoje a sessão inaugural de Genebra 2 -como se conhece o processo de paz-, Yarba lembrou que o documento também pede o fim das hostilidades.

O Comunicado de Genebra foi estipulado há um ano e meio pelos Estados Unidos e Rússia, com o respaldo da ONU.

Além disso, o presidente da CNFROS disse que não podem existir negociações sérias sem resolver questões fundamentais desse tipo e sem um calendário rígido, o que deve ser definido "nesta primeira rodada" negociadora.

As negociações entre as delegações do governo sírio e da oposição, representada pela CNFROS, começarão nesta sexta-feira em Genebra, com a intermediação do diplomata argelino Lakhdar Brahimi, enviado especial da ONU e a Liga Árabe para a Síria.

"Não temos tempo a perder. Devemos chegar rapidamente a uma situação de cooperação para encontrar uma solução" ao conflito, pediu Yarba, lembrando que a guerra civil na Síria deixou 200 mil mortos, segundo números da oposição.

Yarba também declarou o respeito de sua organização por todas as comunidades que compõem a Síria, assim como por todos os grupos religiosos, aos quais garantiu um tratamento igualitário.

"É necessário que o Estado aceite a diversidade e não o governo de uma minoria sobre a maioria", sustentou.

*Atualizada às 09h09 do dia 22/01/2014

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadGovernoPolíticosSíria

Mais de Mundo

Netanyahu diz estar preparando 'instruções' ao Exército israelense de continuação da guerra em Gaza

Califórnia representa ameaça ao plano de Trump de redesenhar mapa congressual dos EUA

Nasa vai anunciar projeto para construir usina nuclear na Lua, diz site

Democratas deixam Texas para bloquear manobra republicana que redistribui distritos eleitorais