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Oposição síria em negociação planeja incorporar novos grupos

Delegação da oposição síria que participa das conversas de paz com o governo tentará incorporar outros grupos que não estão representados


	Lugar dedicado à oposição síria na Conferência de Genebra 2: "nossa delegação representa mais sírios do que outras delegações", disse porta-voz
 (Philippe Desmazes/AFP)

Lugar dedicado à oposição síria na Conferência de Genebra 2: "nossa delegação representa mais sírios do que outras delegações", disse porta-voz (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 11h57.

Genebra - A delegação da oposição síria que participa das conversas de paz com o governo tentará incorporar outros grupos que não estão representados, anunciou nesta sexta-feira o porta-voz opositor, Louay Safi.

Ao término da primeira rodada de negociações, Safi defendeu a representatividade da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), "a maior" aliança de entidades opositoras que participa deste processo, mas esclareceu que uma eventual ampliação de sua delegação será feita "sem ingerência exteriores".

"Nossa delegação representa mais sírios do que outras delegações, que só representam uma pequena categoria de gente dentro da Síria", afirmou o porta-voz.

Sobre as divisões dentro da Coalizão, que sofreu perdas quando anunciou sua decisão de assistir ao processo de paz em Genebra, Safi esclareceu que "como em qualquer sistema democrático", o povo tem direito de "discordar, votar e expressar sua opinião".

"Nós votamos e quando uma ideia alcança a maioria dos votos, tomamos uma decisão. Isso acontece em todas as estruturas democráticas e é o que também ocorre na Coalizão", explicou.

Em referência à delegação do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, que os acusa de refletir uma pequena parte da oposição síria, Safi assinalou que "aqueles que estão acostumados ao totalitarismo, só escutam uma voz".

O porta-voz ressaltou que a prioridade de sua delegação para a próxima rodada negociadora é abordar a criação de um órgão de Governo transitório, "com todos os poderes executivos, político, de segurança e militar, que coloque fim à violência e inicie uma transição política".

"Para nós, esse órgão de Governo transitório é o passo prévio antes de abordar o resto de pontos do Comunicado de Genebra", explicou.

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