Viktor Orbán e Eduardo Bolsonaro: encontro aconteceu na embaixada da Hungria em Washington (Orbán Viktor/X/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 7 de novembro de 2025 às 14h00.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se reuniu na noite de quinta-feira, 6, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington, nos Estados Unidos, e criticou o que chamou de “caças às bruxas políticas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Nas redes sociais, Orbán afirmou que está “firmemente ao lado dos Bolsonaro” e publicou uma foto do encontro na embaixada da Hungria.
“Estamos firmemente ao lado dos Bolsonaros nestes tempos difíceis, amigos e aliados que nunca desistem. Continuem lutando: caças às bruxas políticas não têm lugar na democracia, a verdade e a justiça devem prevalecer!”, escreveu o premiê.
🇭🇺🤝🇧🇷 Met with @BolsonaroSP in Washington. We stand firmly with the Bolsonaros in these challenging times — friends and allies who never give up. Keep fighting: political witch-hunts have no place in democracy, truth and justice must prevail! pic.twitter.com/78cSgfJdWQ
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) November 6, 2025
Eduardo Bolsonaro também repercutiu o encontro em suas redes e afirmou ter relatado a Orbán o que considera abusos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra seu pai e apoiadores.
“Pude expor a ele, em detalhes, os abusos que Moraes e a Suprema Corte têm imposto a Jair Bolsonaro, sua família e apoiadores, perseguição que tanto Orbán quanto Trump classificam como uma verdadeira ‘caça às bruxas’”, publicou o deputado.
🇭🇺 O primeiro-ministro húngaro @PM_ViktorOrban compartilha a mesma visão de mundo que @realDonaldTrump.
Ambos, nacionalistas, defendem uma política migratória rigorosa. A Hungria não registra atentados terroristas, exceto um incidente em 2016, quando um artefato com pregos… pic.twitter.com/fYfgpjkY0S
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 7, 2025
As articulações de Eduardo nos Estados Unidos para tentar pressionar por sanções contra autoridades brasileiras levaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) a denunciá-lo por coação no processo da trama golpista, em setembro.
O STF deve julgar o recebimento da denúncia neste mês, entre os dias 14 e 25 de novembro, em sessão virtual da Primeira Turma. Caso a denúncia seja aceita, será aberta uma ação penal — o julgamento do mérito, com eventual condenação ou absolvição, ocorrerá em fase posterior.
*Com informações do Globo