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Otan planeja maior exercício militar desde 2002 contra EI

A organização e seus aliados realizarão o maior exercício militar em mais de uma década a partir de outubro, para conter a ameaça do Estado Islâmico


	Tropas da Otan: mais de 30 países, incluindo nações fora da Otan, tais como Suécia e Áustria, participarão dos exercícios
 (Omar Sobhani/Reuters)

Tropas da Otan: mais de 30 países, incluindo nações fora da Otan, tais como Suécia e Áustria, participarão dos exercícios (Omar Sobhani/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2015 às 17h09.

Bruxelas - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e seus aliados realizarão o maior exercício militar em mais de uma década a partir de outubro, mobilizando 36.000 soldados pelo Mediterrâneo a fim de conter a ameaça do Estado Islâmico no flanco sul da aliança militar.

Brevemente tirando as atenções da Rússia, comandantes da Otan disseram nesta quarta-feira que a aliança realizará alguns dos seus mais rigorosos treinamentos até agora, num complexo "cenário de ameaça artificial", no qual militantes atacariam por terra, ar e mar.

"Nós não podemos escolher entre a ameaça do leste e a do sul, temos que treinar para ambas", disse o general Hans-Lothar Domrose, comandante do comando militar da Otan em Brunssum, Holanda, que está preparando o exercício.

Após mais de uma década de operações de combate lideradas pela Otan no Afeganistão, a aliança militar liderada pelos EUA está mudando o foco para defender seu território.

Mais de 30 países, incluindo nações fora da Otan, tais como Suécia e Áustria, participarão dos exercícios na Itália, Espanha, Portugal e no Mediterrâneo, que se estenderão de 3 de outubro até 6 de novembro.

Grande parte do foco da Otan tem estado na Rússia, mas a ascensão do Estado Islâmico no Iraque e na Síria é uma preocupação central.

O secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, havia alertado que os levantes da Primavera Árabe haviam inaugurado um "brutal inverno" de instabilidade.

A Otan não realiza exercícios com esta escala desde 2002, quando 15 membros da aliança e 12 nações parceiras testaram suas capacidades na Noruega e na Polônia.

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