Mundo

Países árabes apresentam lista de "terroristas" ligados ao Catar

A publicação da relação foi uma resposta ao discurso do emir do Catar e da visita do presidente turco à região

Catar: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito e Bahrein alertam que continuarão com as sanções (Hamad I Mohammed/Reuters)

Catar: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito e Bahrein alertam que continuarão com as sanções (Hamad I Mohammed/Reuters)

E

EFE

Publicado em 24 de julho de 2017 às 21h38.

Riad - Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito apresentaram nesta segunda-feira uma nova lista com nove entidades e nove pessoas supostamente apoiadas pelo Catar a promover "atividades terroristas", em um novo capítulo da crise entre os quatro países e o emirado.

Em um comunicado conjunto, os quatro países afirmam que a lista faz parte do "determinado compromisso" de combater o terrorismo, erradicar seu financiamento, de perseguir as pessoas envolvidas nesse tipo de ação e de lutar contra a ideologia extremista.

A publicação da relação foi uma resposta ao discurso do emir do Catar, Tamim bin Hamad al Zani, que expressou a disposição do país de defender dois princípios: o de não interferência e a da não imposição de ditados para resolver a crise.

Além disso, a lista foi divulgada após o fim de uma viagem do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, à Arábia Saudita, ao Kuwait e ao Catar para tentar mediar a crise.

"As atividades terroristas dessas entidades e pessoas têm uma relação direta ou indireta com as autoridades catarianas. Pedimos que Doha tome urgentemente os passos e as ações legais para perseguir os indivíduos, entidades terroristas e radicais, e especialmente, os incluídos na lista", afirmaram os quatro países.

Além disso, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito e Bahrein alertam que continuarão com as sanções a não ser que o Catar se comprometa com a "execução de todas as exigências justas que garantam o combate ao terrorismo e a estabilidade a segurança da região".

A lista inclui três cidadãos catarianos que supostamente arrecadam dinheiro para financiar a antiga Frente al Nusra, ex-filial da Al Qaeda na Síria, e para novas "milícias terroristas" no território sírio, segundo os quatro países.

Além disso, três cidadãos do Iêmen e três entidades do país apoiam a Al Qaeda e recebeu ajuda de organizações beneficentes do Catar. Há também na relação dois cidadãos da Líbia e seis instituições do país.

Na nota, divulgada pela agência de notícias estatal saudita "SPA", os quatro países insistem que o acordo assinado recentemente entre o Catar e os Estados Unidos para lutar contra o financiamento do terrorismo é um "passo insuficiente".

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaBahreinCatarEgitoEmirados ÁrabesTerrorismo

Mais de Mundo

Quais eram os cinco livros favoritos do Papa Francisco

'Carta ao mundo': sobrinho do Papa Francisco faz um pedido àqueles que desejam honrar sua memória

Sabre de Napoleão será leiloado em Paris

Argentina se despede de Papa Francisco com milhares de pessoas na catedral de Buenos Aires