Mundo

Palestina denuncia práticas israelenses em mesquita

Governo palestino denunciou que tropas israelenses impedem milhares de palestinos de entrar na Mesquita de Al-Aqsa


	Vista da mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém
 (Menahem Kahana/AFP)

Vista da mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém (Menahem Kahana/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 14h37.

Ramala - O governo palestino de reconciliação nacional denunciou nesta terça-feira que as tropas israelenses praticam batidas diárias na Esplanada das Mesquitas e impedem milhares de palestinos de entrar na Mesquita de Al-Aqsa para rezar.

Em comunicado emitido após o conselho de ministros realizado hoje, o Executivo advertiu das possíveis consequências negativas de dividir temporariamente e espacialmente esta área sagrada para judeus e muçulmanos.

"O gabinete denuncia energicamente as batidas e os assaltos diários das forças de ocupação israelenses e dos grupos de colonos na Mesquita de Al-Aqsa, assim como as medidas para impedir que se entre para rezar", afirma a nota.

Além disso, "o gabinete responsabiliza o governo de ocupação israelense das violações que podem transformar o conflito em um conflito religioso".

O Executivo de transição pediu à comunidade internacional, à Organização das Nações Unidas (ONU), à Liga Árabe e à Organização Conferência Islâmica para "assumir suas responsabilidades na consecução dos direitos palestinos".

"Em particular, no referente ao direito à soberania em sua terra e a liberdade de reza e acesso aos lugares santos", e no relativo à adoção de "medidas legais contra os contínuos crimes e violações dos direitos palestinos", ressaltou.

Os palestinos denunciaram a entrada na semana passada em uma das mesquitas do deputado de direita israelense Moshe Feiglin, que cruzou a zona fortemente escoltado por policiais israelenses. A zona, que os judeus conhecem como Monte do Templo, está com soberania jordaniana.

Há meses, as autoridades israelenses impedem a entrada dos palestinos menores de 50 anos. Durante a visita de Feiglin, foram fechadas várias portas e vetada a entrada dos palestinos de menos de 40 anos.

Na reunião de hoje, o gabinete palestino também condenou o plano do governo israelense de declarar parque natural uma ampla área em Jerusalém Oriental, e considera a media ilegal o "que representará a anexação de 283 hectares de terra palestina na área de Issawiya".

O Executivo palestino também denunciou "a política israelense de constante provocação ao governo de consenso palestino que tem como objetivo evitar a missão civil e o trabalho de reconstrução e os esforços para apagar os efeitos da divisão interna palestina".

A este respeito pôs como exemplo a decisão de Israel de impedir na semana passada o acesso à Faixa de Gaza da ministra palestina de Educação, Khawla al Shakhshir, para a inauguração do ano letivo. 

Acompanhe tudo sobre:PalestinaIsraelConflito árabe-israelense

Mais de Mundo

'Tudo o que fiz foi PERFEITO': Trump comemora após corte de NY anular multa bilionária por fraude

Uganda confirma acordo com EUA para transferir imigrantes em situação irregular

Europa deve assumir 'maior parte do fardo' da segurança da Ucrânia, diz vice de Trump

Egito acusa Israel de ignorar proposta de trégua em Gaza aceita pelo Hamas