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Papa convoca palestinos e israelenses a retomar negociações

O pontífice pediu uma "rápida retomada das negociações" de paz


	Papa Francisco e o presidente de Israel Shimon Peres se encontram no Vaticano:  Peres o convidou a visitar Jerusalém em nome de todo o povo de Israel
 (Ettore Ferrari/Reuters)

Papa Francisco e o presidente de Israel Shimon Peres se encontram no Vaticano:  Peres o convidou a visitar Jerusalém em nome de todo o povo de Israel (Ettore Ferrari/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 12h35.

Vaticano - O Papa Francisco convocou palestinos e israelenses a tomar "decisões corajosas", e pediu uma "rápida retomada das negociações" de paz, indica um comunicado do Vaticano divulgado nesta terça-feira, após um encontro do pontífice com o presidente Shimon Peres.

O reinício das negociações deve poder levar a um "acordo respeitoso das legítimas aspirações dos dois povos e contribuir assim de forma decisiva para a paz e a estabilidade da região", disse o comunicado.

Ao término da reunião com o Papa, o presidente israelense o convidou a visitar Jerusalém em nome de todo o povo de Israel, afirmou.

"Eu o espero em Jerusalém. Não apenas eu, mas todo o povo de Israel", reiterou Peres após uma reunião a portas fechadas de meia hora com o Papa.

Peres se reuniu posteriormente com o número dois da Santa Sé, o cardeal Tarcisio Bertone.

Durante o encontro foi abordado o delicado tema do status da cidade de Jerusalém, decisivo para a paz, assim como as relações entre os dois Estados e entre as autoridades locais e as de comunidades católicas, com referência à construção do muro, que os palestinos batizaram de "muro do apartheid", que irá separar Belém de Jerusalém e cuja construção Israel justifica por motivos de segurança.

Comunidades católicas da região anunciaram que escreverão ao Papa uma carta aberta para pedir que intervenha no caso.

A nota do Vaticano reconhece que foram realizados notáveis progressos durante os trabalhos da comissão mista Israel-Santa sé para alcançar um acordo sobre "assuntos de interesse comum", entre eles os bens da Igreja Católica e das congregações religiosas na Terra Santa.

No comunicado, os dois Estados desejam que se chegue a uma conclusão das negociações em breve.

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