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Papa doou seus últimos 200 mil euros para ajudar os prisioneiros antes de morrer

Doação era destinada a uma fábrica de massas no centro de detenção juvenil Casal del Marmo, em Roma

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 23 de abril de 2025 às 19h45.

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Antes de sua morte, na última segunda-feira, o papa Francisco fez uma doação pessoal de 200 mil euros aos presos, que eram "seus últimos bens", afirmou nesta quarta-feira, 23, o bispo Benoni Ambarus, diretor do escritório para a pastoral carcerária e encarregado de assuntos de caridade em Roma.

"Ele doou 200 mil euros de sua conta pessoal", disse Ambarus à imprensa italiana nesta quarta.

Segundo os detalhes, a doação era destinada a uma fábrica de massas no centro de detenção juvenil Casal del Marmo, em Roma.

"Eu disse a ele que temos uma grande hipoteca sobre esta fábrica de macarrão e que, se pudéssemos cobri-la, reduziríamos os preços do macarrão, venderíamos mais e poderíamos contratar mais trabalhadores", acrescentou.

"E me respondeu: 'Estou quase sem dinheiro, mas ainda tenho algum na minha conta'. E me deu 200 mil euros", disse Ambarus, que destacou a defesa dos prisioneiros feita por Francisco durante seu papado.

Ambarus mencionou a recente visita do papa à prisão romana de Regina Coeli na última quinta-feira, por ocasião da Quinta-feira Santa e apenas quatro dias antes de sua morte, onde ele "gritou ao mundo, com todas as suas forças, a necessidade de prestar atenção aos prisioneiros".

Durante seus pouco mais de 12 anos de pontificado, Francisco visitou regularmente os centros penitenciários e instou a defesa da dignidade dos presos.

Em dezembro do ano passado, para marcar o início das celebrações do Jubileu ou Ano Santo, Francisco abriu uma das portas sagradas para este evento, que o Vaticano celebra a cada 25 anos na prisão de Rebibbia, em Roma. Isso foi interpretado como uma declaração de intenções e um sinal de reconhecimento da população carcerária.

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