Na tarde desta quinta-feira, 8, o cardeal Robert Francis Prevost foi eleito o novo Papa da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV.

A escolha do nome papal é um gesto que remonta a séculos de tradição, refletindo tanto uma homenagem aos grandes líderes espirituais do passado quanto uma marca de continuidade histórica na Igreja.

O simbolismo do nome Leão

A escolha do nome Leão não é novidade.

O nome, segundo a crença católica, simboliza liderança, sabedoria e a defesa intransigente da fé. O nome foi usado por 13 papas antes de Prevost, com destaque para o histórico São Leão I, conhecido como Leão Magno, que ocupou o pontificado entre 440 e 461.

Durante seu papado, Leão Magno ficou famoso pela sua diplomacia exemplar, especialmente ao evitar a invasão de Roma por Átila, o Huno, por um acordo que poupou a cidade eterna de uma devastadora conquista. Essa habilidade diplomática e firmeza diante de ameaças externas são características que marcam o legado do nome Leão.

Leão XIV e a tradição papal

O Papa Leão XIV é o mais recente pontífice a seguir a tradição de adotar esse nome, que também é associado a papas como Leão XIII, notável por sua influência no mundo moderno por conta da encíclica Rerum Novarum, que abordou a Doutrina Social da Igreja.

A encíclica levantou questões trabalhistas e sociais do século XIX. Leão XIII utilizou sua posição para reforçar os valores cristãos na sociedade.

O legado de São Leão I e a modernidade

São Leão I, o primeiro Papa Leão, é amplamente reconhecido não somente por sua diplomacia, mas também por seu compromisso com a unidade da Igreja e a preservação da fé cristã em tempos de grande turbulência.

Sua habilidade em proteger Roma de forças externas e sua postura firme em questões teológicas o tornaram um dos mais importantes papas da história. O título de Doutor da Igreja e sua veneração como padroeiro dos pregadores ainda são amplamente reconhecidos na tradição católica.