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Paraguai retira candidatura de chanceler ao cargo de secretário-geral da OEA

Brasil e outros países da América do Sul passaram a apoiar candidatura do surinamês Albert Ramdin

Presidente do Paraguai, Santiago Peña, em evento oficial (Paolo Blocco/Getty Images)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 6 de março de 2025 às 08h27.

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O presidente do Paraguai, Santiago Peña, anunciou nesta quarta-feira, 6, a retirada da candidatura de seu ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez, ao cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo Peña, países que inicialmente apoiavam a candidatura paraguaia "modificaram o acordo inicial" e decidiram "não acompanhar" o representante do país.

A decisão ocorre após Costa Rica, Equador e República Dominicana se juntarem a Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai no apoio ao chanceler do Suriname, Albert Ramdin. Venezuela rompe relações com Paraguai por apoio a opositor González Urrutia

"Tomei a decisão de retirar a candidatura do ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, um diplomata com uma longa carreira e um merecido prestígio, não apenas regional, mas mundial", declarou Peña em comunicado oficial.

Apoio migrou para chanceler do Suriname

A desistência do Paraguai veio após um bloco de países, incluindo Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai, anunciar formalmente apoio a Albert Ramdin. O grupo destacou a "vasta experiência em diplomacia" do ministro surinamês, que já ocupou cargos de alto escalão na OEA desde 2001.

Os governos do Brasil e de outras nações afirmaram que a candidatura de Ramdin representa "um passo significativo" para a unidade regional no atual contexto geopolítico. Além disso, defenderam que a rotação regional na Secretaria-Geral da OEA ajudaria a garantir melhor representatividade para o Caribe.

Paraguai prioriza carga tributária menor e surge como opção para brasileiros

Peña criticou a mudança de posição dos países que antes apoiavam Ramírez, afirmando que "o Paraguai sempre baseou suas posições em princípios e valores elevados" e que "não renunciará a eles por causa de uma eleição ou situação particular".

A eleição para escolher o novo secretário-geral da OEA está marcada para 10 de março e será realizada na sede da organização, em Washington.

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