Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 22 de junho de 2025 às 11h00.
O parlamento iraniano aprovou neste domingo, 22, o fechamento do Estreito de Ormuz, região por onde passa diariamente 20 milhões de barris de petróleo, 20% do mercado mundial, segundo a TV estatal iraniana Press TV.
Para a medida ter validade, ainda há outros trâmites pendentes, como a aprovação do órgão máximo de segurança do país e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.
A decisão poderá ser considerada uma retaliação do governo iraniano após os ataques americanos as instalações nucleares do país no sábado, 21.
Como mostrou a EXAME, especialistas apontam que o bloqueio do estreito e a escalada do conflito pode levar o preço do petróleo para US$ 150 ou mais. O impacto direto será nos preços de combustíveis e logística em todo mundo, com aumento de preocupações inflacionárias.
O território com 210 quilômetros de extensão fica situado entre Irã, Omã e Emirados Árabes Unidos. O local também é rota de transporte de 20% do comércio mundial de gás natural.
Essa não é a primeira vez que o Irã ameaça fechar o estreito. Em 2019, Teerã ameaçou interromper as remessas de petróleo que passavam pelo Estreito de Ormuz depois que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, se retirou do acordo nuclear histórico assinado em 2015 por Barack Obama.
O republicano também voltou com as sanções contra o país islâmico. Desde 2021, o Irã atacou ou interferiu em pelo menos 15 navios mercados com bandeira internacional, segundo dados da Marinha dos EUA.