Mundo

Partido governista se mantém firme em disputa territorial

"Nós vamos expandir e fortificar a guarda e a vigilância realizadas principalmente pela guarda costeira", diz texto de campanha


	O Partido Democrático, do qual faz parte o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, está bem atrás nas pesquisas de opinião do Partido Liberal Democrático
 (Kazuhiro Nogi/AFP)

O Partido Democrático, do qual faz parte o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, está bem atrás nas pesquisas de opinião do Partido Liberal Democrático (Kazuhiro Nogi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2012 às 14h07.

Tóquio- O Partido Democrático do Japão (PDJ) promete fazer o máximo possível para proteger o território japonês e dar um fim à geração de energia nuclear até a década de 2030, apontou esboço de compromissos de campanha da legenda governista que veio à tona nesta terça-feira.

O Partido Democrático, do qual faz parte o primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, está bem atrás nas pesquisas de opinião da maior legenda oposicionista, o Partido Liberal Democrático (PLD). O país terá eleições parlamentares em 16 de dezembro.

"Nós vamos expandir e fortificar a guarda e a vigilância realizadas principalmente pela guarda costeira e adotar todas as medidas possíveis para proteger nossa terra e nossas águas, incluindo as ilhas Senkaku", diz o texto obtido pela Reuters.

As relações sino-japonesas decaíram depois que o governo do Japão comprou, em setembro, um grupo de ilhotas disputadas pelos dois países.

A situação desencadeou um novo problema para Noda, já encarregado de conduzir a recuperação após o forte terremoto e o tsunami, bem como o desastre nuclear de Fukushima, que assolaram o país no ano passado.

As ilhotas rochosas, desabitadas, chamadas de Senkaku no Japão e Diaoyu na China, estão localizadas perto de áreas ricas em pesca e de reservas de gás e petróleo potencialmente grandes.


Quanto à política energética do PDJ, o documento diz: "Vamos empregar todos os recursos disponíveis para que seja possível zerar o número de reatores nucleares em operação na década de 2030".

Em contrapartida, o oposicionista PLD defende que haja mais debate antes de se estabelecer uma nova política de energia nuclear para o Japão, que depende fortemente da importação para atender à sua demanda energética.

O documento do partido governista também repete metas atuais para pôr fim à deflação até o ano fiscal que se iniciará em abril de 2014 e alcançar crescimento econômico nominal de 3 por cento ao ano em média até a década de 2020.

O texto também reitera que o governo do PDJ dará passos decisivos contra a excessiva apreciação do iene, para evitar que a economia japonesa, dependente de exportações, seja afetada.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEleiçõesGovernoJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump adia o aumento de tarifas para o México por 90 dias

Tarifas de Trump enfrentam teste na Justiça antes do prazo final de 1º de agosto

Trump anuncia acordo com Coreia do Sul para reduzir tarifa de 25% para 15%

Canadá anuncia intenção de reconhecer o Estado palestino em setembro