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Patriota vai ao México tratar do acordo automotivo

Os negociadores brasileiros querem um entendimento que leve a um maior equilíbrio da balança comercial entre Brasil e México

Em 2011, o comércio entre Brasil e México foi desfavorável aos brasileiros, registrando um déficit de cerca de US$ 2 bilhões, devido principalmente aos automóveis e às peças (Paulo Whitaker/Reuters)

Em 2011, o comércio entre Brasil e México foi desfavorável aos brasileiros, registrando um déficit de cerca de US$ 2 bilhões, devido principalmente aos automóveis e às peças (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 12h10.

Brasília – Os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Fernando Pimentel (Indústria, Comércio Exterior e Desenvolvimento Econômico) embarcam hoje (13) à noite rumo ao México. Patriota e Pimentel tentarão chegar a um entendimento com as autoridades mexicanas sobre as mudanças no acordo automotivo que envolve os dois países. A missão deve ser encerrada amanhã no final do dia.

Durante as negociações, a presidente Dilma Rousseff ordenou a busca por uma solução o mais rápido possível. Os negociadores brasileiros querem um entendimento que leve a um maior equilíbrio da balança comercial entre Brasil e México.

Na semana passada, foi enviada às autoridades mexicanas uma proposta para fixar o teto atual de US$ 1,4 bilhão para os próximos três anos, como limite à importação de veículos automotivos. O governo do Brasil quer ainda o aumento escalonado do percentual sobre o conteúdo local. No México, esse índice é 30%, enquanto, no Brasil, a parcela de peças e insumos do automóvel exclusivamente nacionais é 65%.

As negociações entre Brasil e México se intensificaram no mês passado, quando o governo brasileiro indicou a decisão de alterar o acordo automotivo. A iniciativa foi motivada pela pressão interna dos empresários e também pelos números da balança comercial – que começaram a apontar pelo desfavorecimento do Brasil.

Em 2011, o comércio entre Brasil e México foi desfavorável aos brasileiros, registrando um déficit de cerca de US$ 2 bilhões, devido principalmente aos automóveis e às peças. No comércio global entre Brasil e México, até 2008, havia um superávit favorável ao Brasil de US$ 1,5 bilhão.

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