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PD convoca eleições para 29 de agosto diante da renúncia de Kan

Alguns parlamentares do PDJ pediram adiamento das eleições para setembro, para terem mais tempo de debater as propostas dos candidatos

O atual primeiro-ministro e presidente do partido, Naoto Kan prometeu renunciar pela sua atuação no terremoto de 11 de março e a crise nuclear da central de Fukushima (Toru Hanai/Reuters)

O atual primeiro-ministro e presidente do partido, Naoto Kan prometeu renunciar pela sua atuação no terremoto de 11 de março e a crise nuclear da central de Fukushima (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 10h17.

Tóquio - O Partido Democrático do Japão (PDJ) disse nesta segunda-feira que no próximo dia 29 de agosto convocará eleições para presidente, que se tornará o novo primeiro-ministro do Japão, diante da esperada renúncia do atual chefe de Governo, Naoto Kan.

A convocação de eleições para líder do Partido Democrático acontece depois que o atual primeiro-ministro e presidente do partido, Naoto Kan, prometeu renunciar pela sua atuação relacionada ao terremoto de 11 de março e a crise nuclear da central de Fukushima, já que serão aprovadas nesta semana duas leis.

Kan, que depois da renúncia de Yukio Hatoyama se tornou primeiro-ministro do Japão em junho de 2010 após ser eleito presidente do PDJ, foi duramente criticado pelas decisões tomadas após o terremoto de 11 de março e de ter se esquivado de uma moção de censura em junho deste ano.

A campanha para a eleição de um novo presidente do partido começará no dia 27 de agosto e se espera que os candidatos participem de um debate no dia seguinte, segundo explicou nesta segunda o secretário-geral do PDJ, Katsuya Okada, à agência local "Kyodo".

O novo primeiro-ministro do Japão poderá ser eleito em 30 de agosto, um dia antes da conclusão do prazo das sessões ordinárias deste ano na assembleia.

Alguns parlamentares do PDJ pediram adiamento das eleições para setembro, para terem mais tempo de debater as propostas dos candidatos. Porém, Okada afirmou que o partido não quer retardar a aprovação de um terceiro orçamento extraordinário para financiar a reconstrução das áreas mais afetadas pelo desastre de março.

Lembrou ainda sobre a necessidade do ministro de Finanças do novo gabinete participar da reunião de líderes financeiros do Grupo dos Sete (G7, que reúne as nações mais industrializadas) que ocorre em setembro.

Por enquanto, o atual ministro de Finanças, Yoshihiko Noda, e o ex-ministro de Transportes, Sumio Mabuchi, anunciaram sua intenção de concorrerem às eleições.

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