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Polícia reprime protesto em ruas de Atenas

Mais de cem mil pessoas realizaram uma manifestação contra o pacote de austeridade que será votado hoje

Domingo foi marcado por protestos em Atenas (Getty Images)

Domingo foi marcado por protestos em Atenas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2012 às 15h51.

Atenas, 12 fev (EFE).- Mais de cem mil pessoas realizaram uma manifestação em Atenas contra o novo pacote de austeridade que será votado neste domingo pelo Parlamento grego, num protesto que foi duramente reprimido pela polícia com o uso de gás lacrimogêneo.

Desde o início da tarde milhares de pessoas se dirigiram para a praça Sintagma e outros pontos da capital até praticamente bloquearem todo o centro de Atenas. O objetivo era protestar contra o acordo estabelecido entre o governo grego e a troika, formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu e a União Europeia (UE).

Jovens, cidadãos de meia idade e até idosos foram para as manifestações levando bandeiras gregas e cartazes de protestos.

De acordo com as fontes policiais consultadas pela Agência Efe, pelo menos 60 mil pessoas se concentraram nas praças Sintagma e Omonia, sem contar a presença de milhares de pessoas em ruas centrais.

Segundo testemunhas, quando um conhecido cantor grego pressionou a polícia para permitir a entrada no Parlamento de maneira pacífica, os agentes lançaram bombas de gás lacrimogêneo na população.

'Isto não é uma democracia, não nos deixam nem protestar, é uma ditadura', reclamou uma jovem à Efe.

'Infiltram gente entre os manifestantes para causar problemas. Assim podem justificar o uso da violência. A única coisa que queremos é que os deputados nos escutem', denunciou outro manifestante, de cerca de 40 anos.

Em seguida, os distúrbios se estenderam para as ruas adjacentes, com centenas de manifestantes enfrentando a polícia com coquetéis molotov e pedras.

'Este governo não tem legitimidade para assinar esse contrato com a troika. São traidores do povo grego', afirmou um homem de cerca de 50 anos que carregava um cartaz exigindo eleições e pedindo que os povos do sul da Europa se rebelem.

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