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Por eleições na UE, Marine Le Pen se une com Liga Norte

Partidos extremistas de França e Itália querem atuação conjunta

Marine Le Pen, líder da legenda francesa Frente Nacional, brinda com o deputado do partido Gilbert Collard durante festa em Nanterre  (Benoit Tessier/Reuters)

Marine Le Pen, líder da legenda francesa Frente Nacional, brinda com o deputado do partido Gilbert Collard durante festa em Nanterre (Benoit Tessier/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 17h51.

Estrasburgo - O secretário-geral do partido italiano Liga Norte, Matteo Salvini, e a líder da legenda francesa Frente Nacional, Marine Le Pen -- ambos de extrema-direita --, almoçaram juntos durante a última reunião do Parlamento europeu em Estrasburgo (França) para traçar uma estratégia comum para as eleições europeias de maio deste ano.

"A extrema-direita da França compartilha inquietações com a Liga Norte", afirmou Marine à ANSA. Os dois discutiram a hipótese de uma atuação conjunta após a realização do pleito.

A política também rejeitou as acusações de racismo, definindo tais críticas como "escandalosas", mas ressaltou que a linha do seu partido é manter-se contra a imigração. "Não temos mais meios de sustentá-la", acrescentou.

Em um post no seu perfil no Facebook, Salvini comemorou o encontro com Marine e disse que "uma outra Europa é possível". "Uma Europa pacífica e organizada, fundada sobre o trabalho e a cultura, e não escrava do euro e dos bancos. Uma Europa orgulhosa, que não esteja disposta a deixar-se invadir por homens e mercadorias. Incomodamos? Seguramente. Nos atacarão? Seguramente. Temos medo? Não!, escreveu o italiano. Programadas para maio de 2014, as eleições para o Parlamento europeu podem marcar o maior avanço de grupos anti-euro na história do bloco econômico.

O próprio premier da Itália, Enrico Letta, já demonstrou em mais de uma ocasião a sua preocupação com as votações que legendas extremistas e populistas podem conseguir no pleito.

"O grande debate daqui pra frente será aquele da Europa do povo contra a Europa do populismo. Quem deseja a Europa do povo não deve mais se esconder, como tem acontecido até hoje. Não podemos vencer se permanecermos tímidos", afirmou o primeiro-ministro em um discurso na Universidade de Sorbonne, em Paris, no último mês de outubro.

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