Mundo

Presidente da Colômbia critica a "ditadura de Maduro"

Em um artigo, Juan Manuel Santos lamentou que no governo Maduro "ao lado da economia, a democracia também foi destruída

Juan Manuel Santos: presidente colombiano destacou que a posição de Bogotá sempre "foi a de ajudar a buscar uma saída negociada" para a grave crise venezuelana (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Juan Manuel Santos: presidente colombiano destacou que a posição de Bogotá sempre "foi a de ajudar a buscar uma saída negociada" para a grave crise venezuelana (Jaime Saldarriaga/Reuters)

A

AFP

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 09h02.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu à comunidade internacional que pressione "com cada vez mais força" para restabelecer a democracia na Venezuela, em um artigo publicado no jornal espanhol El País, no qual critica a "ditadura" de Nicolás Maduro.

No texto, que tem como título "Choramos por ti, Venezuela", Santos lamenta que no governo Maduro "ao lado da economia, a democracia também foi destruída (...), a corrupção se converteu em voz corrente do regime e o respeito pelos direitos humanos deixou de existir".

Santos, que nos últimos dias intensificou as críticas a Maduro e não descarta a possibilidade de romper relações com a Venezuela, afirma que "não pode entronizar-se e perpetuar-se uma ditadura no centro da América Latina".

"Os países da região e da comunidade internacional que defendem os valores da paz e da liberdade devem seguir pressionando, cada vez com mais força e com ações efetivas, por um rápido restabelecimento, oxalá pacífico, da democracia nesta grande nação", escreve o presidente da Colômbia.

Santos destaca, no entanto, que a posição de Bogotá sempre "foi a de ajudar a buscar uma saída negociada" para a grave crise venezuelana, recordando que a "Colômbia é o país que mais tem a ganhar ou perder" com o que acontecer na nação com a qual compartilha 2.200 km de fronteira.

No texto, Santos recorda que advertiu há sete anos o antecessor e mentor de Maduro, Hugo Chávez, que o modelo que estimulava não teria êxito.

Ele pergunta sobre o fracasso e descreve a crise econômica venezuelana, com uma severa escassez de alimentos e remédios, além da maior inflação do mundo.

Mas Santos destaca que com "humor" manteve uma relação "cordial" com Chávez "até seu último dia, a pesar de nossas profundas divergências", porque era "o que era conveniente aos dois povos" e era chave para alcançar a paz na Colômbia.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaNicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Trump aumenta tarifa do Canadá para 35% e divulga lista de taxas para dezenas de países

Casa Branca argumenta que reconhecer Estado palestino seria uma 'recompensa' ao Hamas

Trump dá prazo de 60 dias para que 17 farmacêuticas reduzam preços de novos medicamentos

Trump definirá novas tarifas até a meia-noite, diz Casa Branca